A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service rebaixou nesta terça-feira (11) o rating dos títulos do Brasil de Baa2 para Baa3 e também alterou a perspectiva do rating para estável de negativa.
Apesar do rebaixamento, o Brasil permanece dentro do grau de investimento – mas no último degrau que garante ao país o selo de bom pagador da sua dívida.
A nota de um país funciona como um “certificado de segurança” que as agências de classificação dão a países que elas consideram bons pagadores.
JUSTIFICATIVA
No relatório da Moody’s, divulgado nesta terça, ela aponta dois fatores para a mudança do rating:
1. O desempenho econômico mais fraco que o esperado, a tendência de alta das despesas do governo e a falta de consenso político sobre as reformas fiscais impedirão as autoridades de atingir superávits primários elevados o suficiente para conter e reverter a tendência de aumento da dívida este ano e no próximo, além de desafiar sua capacidade de fazê-lo depois.
2. Como consequência, a carga de endividamento do governo e a comportabilidade da dívida continuarão a deteriorar significativamente em 2015 e 2016 em comparação com as expectativas anteriores da agência de rating, para níveis substancialmente piores que os de outros pares do Brasil com classificação Baa. A Moody’s espera que o crescente endividamento só estabilizará no fim do governo atual.”
VISÃO POSITIVA
Ainda em seu relatório, a Moody’s diz que “o Brasil apresenta uma série de vantagens com relação ao seu crédito que está refletida no rating Baa3″: “a habilidade de suportar choques financeiros externos tendo em vista as abundantes reservas internacionais; o balanço patrimonial do governo com exposição relativamente limitada à dívida em moeda estrangeira e a títulos de dívida em poder de não residentes quando comparado com seus pares; assim como uma economia grande e diversificada”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O governo brasileiro é um fracasso, não há dúvida. Mas está havendo um exagero no rigor das agências de risco. Comparar o Brasil com nações tecnicamente falidas, como Grécia e Venezuela, chega a ser uma piada. (C.N.)
13 de agosto de 2015
Deu em O Tempo
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