Na foto, a Mesquita Sunita se mistura ao conjunto de prédios de Foz de Iguaçu, Paraná - Agência O Globo / Michel Filho |
Matéria publicada hoje em O Globo informa que a Polícia Federal reuniu uma série de indícios de que traficantes de origem libanesa ligados ao Hezbollah mantém ligações com criminosos brasileiros. Relatórios produzidos pela PF apontam que estes grupos se ligaram ao PCC.
O tema não é novo.
Desde o início da década de 1990, por conta dos atentados à embaixada de Israel em Buenos Aires à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) se cogita que a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai abrigue bases de apoio ao terrorismo islâmico.
O assunto recrudesceu logo depois depois do 11 de setembro - e com mais ênfase, a partir do início da operação americana no Iraque, em 2003 - com o governo americano emitindo vários alertas e relatórios.
Há notícias, inclusive, de que ainda em setembro de 2001 - poucos dias após os ataques aos EUA, portanto - agentes da CIA e do Centro de Contraterrorismo do FBI conduziram uma operação conjunta com a Polícia Nacional do Paraguai efetuando 16 prisões em Ciudad Del Este.
Ainda assim, até agora prevaleceu no senso comum - e na imprensa nacional - a tese de que os Estados Unidos tentavam "construir um discurso" porque tinha interesses outros na região. O mais citado e ridículo deles, seria o Aquífero Guarani - grande reserva subterrânea de água, que abrange partes dos territórios do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai .
Era, notem bem, uma conversinha mole que caía como uma luva em um cenário de opinião pública que demonizava George W. Bush e o acusava de realizar a operação no Iraque única e exclusivamente por interesse nos poços de petróleo da região.
A reportagem de O Globo publicada hoje é só mais uma peça, embora importante, deste quebra-cabeça. O Brasil do PT se firma como base sólida para o terrorismo islâmico. E não são os yankees malvados que estão dizendo. É a Polícia Federal.
30 de agosto de 2015
in nariz gelado
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