"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 2 de junho de 2015

RENAN ENFRENTA DILMA E QUER ABRIR CAIXA PRETA DAS ESTATAIS




O presidente do Senado, Renan Calheiros, fala à imprensa ao chegar no Congresso Nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Congresso tem obrigação de fiscalizar, diz Renan
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje que a nomeação de dirigentes de estatais, ministérios e autarquias é prerrogativa do Poder Executivo. A declaração de Dilma foi uma resposta a um anteprojeto de lei apresentado ontem no Congresso Nacional, pelos presidente do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pretendem incluir algumas dessas autoridades na lista das que precisam passar por sabatina e aprovação dos senadores.
Renan voltou a defender hoje um projeto de lei que regulamente a gestão das empresas estatais e negou que o anteprojeto apresentado por ele e Cunha tenha a finalidade de promover uma interferência do Poder Legislativo nas empresas geridas pelo Executivo.
“O papel do Legislativo é fiscalizar o Executivo, e vice-versa. O papel do Executivo é fiscalizar também o Legislativo. Nisso, os poderes são complementares. Não há absolutamente interferência. O que há é um desejo da sociedade que se abra a caixa preta das estatais. Que isso fique absolutamente transparente. O país cobra isso”, afirmou.
TRANSPARÊNCIA
O presidente também evitou relacionar o projeto diretamente aos recentes escândalos de corrupção na Petrobras e disse que o objetivo é que todas as empresas sejam fiscalizadas, inclusive essa. Questionado se o objetivo será acabar com as indicações políticas para os cargos nas estatais, Renan minimizou a questão. “Esse aspecto ,com relação à indicação dos nomes, é apenas um aspecto da lei. Não é o fundamental. O fundamental é a transparência, que se abra a caixa preta”, disse.
Além de formularem um anteprojeto sobre esse assunto, o presidente do Senado e o da Câmara também elencaram uma comissão com deputados e senadores para discutir o texto e transformar a proposta em projeto de lei. O objetivo é aprovar a matéria nas duas casas o quanto antes.
Segundo Renan, a comissão terá 30 dias para apresentar o projeto de lei complementar sobre o assunto. Assim, ele teria condição de entrar em votação antes do recesso parlamentar, que começará dia 17 de julho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A briga entre a presidente Dilma e a dupla Renan/Cunha é altamente salutar ao país. Pela primeira vez nas últimas décadas os presidente do Senado e da Câmara não se curvam ao Planalto e defendem o interesse público. É uma ironia do destino, que deve ser reconhecida como um fato extremamente proveitoso(C.N.)

02 de junho de 2015
Mariana Jungmann

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