"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ODEBRECHT E ANDRADE GUTIERREZ PAGARAM R$ 710 MILHÕES EM PROPINA

PRESIDENTES DA ODEBRECHT E ANDRADE PAGAVAM PROPINA NO EXTERIOR


SEGUNDO OS INVESTIGADORES, AS PROPINAS ERAM DIRECIONADAS, 
PRINCIPALMENTE, A INTEGRANTES DAS DIRETORIAS DE ABASTECIMENTO 
E SERVIÇOS DA PETROBRAS (FOTO: TÂNIA RÊGO)


Em entrevista na sede da Polícia Federal, há pouco, integrantes da força tarefa da Lava Jato explicaram a mais recente fase da operação, deflagrada na manhã desta sexta-feira e que teve como alvo as empreiteiras Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht. Segundo o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, as prisões foram motivadas por pagamentos de propina no exterior via empresas off shore, principalmente direcionados a integrantes das diretorias de Abastecimento e Serviços da Petrobrás.

As prisões desta manhã aconteceram depois que delatores indicaram o recebimento de propina no exterior, segundo o procurador. Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco citaram a Odebrecht, mas Carlos Fernando disse que há outras provas dos pagamentos, além das delações. O procurador defendeu que havia elementos para os pedidos de prisão e que a etapa deflagrada na manhã de hoje é uma continuação da 7ª fase. Para ele, as empreiteiras Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht capitaneavam o esquema de cartel na Petrobrás.

O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula disse acreditar que os principais executivos das empresas sabiam do esquema e não combateram as práticas internamente. Bernardo Freiburghaus, que deixou o Brasil e foi morar na Suíça, sendo considerado foragido, foi apontado como o operador da Odebrecht no esquema.

A força tarefa estimou em R$ 200 milhões o valor das propinas pagas pela Andrade Gutierrez no esquema da Petrobrás. O valor da Odebrecht é ainda maior, R$ 510 milhões.

Os investigadores disseram que a denúncia do caso Petrobrás deve ser concluída até o final do ano e que a força tarefa espera apenas o término dos trabalhos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Prisões. O balanço da operação desta sexta-feira mostra que, dos 12 mandados prisão, temporárias ou preventivas, 11 já foram cumpridos. O executivo da Odebrecht César Ramos Rocha é o único que ainda não foi encontrado. Ele, no entanto, ainda não é considerado foragido. (AE)



19 de junho de 2015
diário do poder

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