"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de março de 2015

MANIFESTAÇÃO OU REBELIÃO















Não há somente organizações empenhadas em promover protestos pacíficos nas manifestações marcadas para sexta-feira e domingo em todo o país. Existem grupos, melhor dizendo, quadrilhas, em intensa preparação para transformar o movimento em baderna. Chamem-se ou não Black blocs, estejam ou não estimulados e subordinados a traficantes e a bandidos instalados dentro e fora de presídios, prepara-se a banda podre da sociedade para tirar proveito e transformar as ruas num campo de batalha. Haverá que relacionar, também, setores ligados ao PT, à CUT e ao MST mobilizando-se há dias para neutralizar, até pela força, os gritos de protesto contra a presidente Dilma e o governo.
São três, assim, as correntes que irão misturar-se, com amplo risco de explosão. A pergunta que se faz é sobre as atitudes do poder público diante dos fatos. A preservação da ordem cabe aos Estados, sabendo-se que as respectivas Polícias Militares e Civis já se preparam para a missão. Ocuparão as ruas das capitais e principais cidades com o ânimo de acompanhar as manifestações sem interferir nelas, apenas garantindo o direito dos cidadãos exprimirem seus sentimentos. Claro que essas intenções angelicais acabam esbarrando na necessidade de evitar excessos como invasões, depredações e similares. Para isso as forças policiais não estarão desarmadas, mas estarão preparadas?
Indaga-se sobre a hipótese de não conseguirem conter a baderna, mesmo promovida pelas minorias de sempre. Ousarão os governadores apelar a Brasília pedindo a intervenção das forças armadas? Tudo está previsto, até mesmo a prontidão de contingentes federais, que à sua maneira já terão examinado a situação. Se tiverem de sair dos quartéis, saberão para onde ir e, ao menos na teoria, como agir.
CONFRONTOS E CONFLITOS
Em suma, impossível ignorar o potencial de confrontos e conflitos, ainda que votos se façam para tudo transcorrer pacificamente. A experiência de anteriores manifestações terá servido para o poder público reduzir os limites do inesperado. O resto será torcer os dedos para impedir a repetição de parte dos acontecimentos de julho de 2013. Em se tratando de Brasília, por exemplo, serão previamente impedidas invasões do Congresso, do Planalto e do Itamaraty, além de outros palácios, por conta de numerosas e ostensivas tropas de guarda. O difícil é saber como.
Os olhos da nação voltam-se para a expectativa maior, de que manifestações não venham transformar-se em rebeliões.

11 de março de 2015
Carlos Chagas

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