Desde 1939, quando foi inaugurada no centro do Rio de Janeiro, a revolucionária sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) tem sido palco de um número enorme de eventos em defesa da democracia, dos direitos civis, dos interesses nacionais e da liberdade de imprensa e de expressão.
Na noite de terça-feira, dia 24 de fevereiro, pela primeira vez a sede da histórica e lendária ABI foi palco de um atentado à democracia, praticado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se julga no direito de conclamar sindicatos, movimentos sociais e estudantis para saírem às ruas e enfrentar todos os que se manifestarem contra a corrupção na Petrobras e contra o governo petista.
É claro que a ABI nada tem a ver com isso, apenas cedeu o auditório para que se realizasse um simples ato público em prol da Petrobras, o que não representa nenhuma novidade, pois desde sua fundação a entidade máxima dos jornalistas tem como um de seus principais objetivos justamente a defesa da exploração do petróleo em benefício dos brasileiros.
NA LATA DO LIXO DA HISTÓRIA
O que ninguém esperava é que o ex-presidente Lula, jogando seu passado na lata do lixo da História, tivesse a ousadia de defender posturas absurdamente ditatoriais, em evento realizado justamente no mais tradicional e respeitado palco de defesa da democracia.
O pior é que ele fez esse tipo de pronunciamento radical e suicida pouco depois de militantes do PT terem espancado diante da ABI manifestantes que defendiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O evento estava marcado para as 18 horas, mas Lula foi avisado de que estava havendo esse confronto e só chegou às 19h20m, escoltado pela Polícia Militar, que fez questão de proteger o ex-presidente, mas esqueceu de oferecer proteção às dezenas de cidadãos e cidadãs que estavam pacificamente exercendo seu direito de expressão e manifestação, ao defenderem a saída de Dilma.
AMEAÇA AO PAÍS
Depois, no auditório, imagine-se o constrangimento de cidadãos como o produtor Luiz Carlos Barreto e sua esposa Lucy, o professor Pinguelli Rosa, a jornalista Hildegard Angel, o ex-ministro Roberto Amaral e outras personalidade de destaque, ao presenciarem o discurso de Lula, que apoplético, fez a seguinte ameaça ao país:
“Quero paz e democracia, mas eles não querem. Mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas!”
Sabia-se que o governo e o PT estavam convocando as centrais, os sindicatos, a UNE e organizações sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), para promoverem manifestações a favor do governo, como a que está sendo organizada para 13 de março. Mas ninguém poderia prever que o radicalismo pregado por Lula chegasse a tanto ponto.
O pior é que o líder do PT não tem freio, não aceita conselhos de ninguém, pensa que é o dono do Brasil e até se comporta dessa forma. Como todos sabem, sonhar ainda não é proibido, mas pode voltar a ser. Portanto, é melhor Lula consultar um terapeuta, porque tem dado mostras de que está fora de si e seu radicalismo ameaça tirar o país dos eixos. E a quem interessa isso?
26 de fevereiro de 2015
Carlos Newton
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