O Superior Tribunal de Justiça marcou para a próxima terça-feira o julgamento do recurso do candidato do PR, José Roberto Arruda, que poderá viabilizar sua candidatura ao Governo do Distrito Federal.
Incurso na chamada Lei da Ficha Limpa pela Justiça Eleitoral, Arruda tenta no STJ reverter sua condenação por improbidade administrativa.
Se vitorioso, poderá disputar as eleições de outubro.
Líder nas pesquisas de intenção de votos para o governo do Distrito Federal, ele está recorrendo, em diferentes tribunais, das condenações que o impedem de disputar a eleição.
Além deste recurso no STJ, ele obteve vitória no Tribunal Superior Eleitoral cujo presidente ministro Dias Toffoli, em decisão monocrática, negou, nesta segunda-feira, o pedido do Ministério Público Eleitoral para que o TSE encaminhasse ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal comunicação no sentido de cancelar o registro e suspender seus atos de campanha.
O mérito do pedido deverá ser apreciado pelo Tribunal hoje ou na próxima terça-feira .
Caso seu recurso seja negado pelo TSE, o candidato do PR, aposta no STJ para viabilizar sua candidatura.
05 de setembro de 2014
José Carlos Werneck
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Não consigo esquecer o deputado Francelino Pereira (QUE PAÍS É ESTE?), em sua enfática tentativa de compreender o contexto político de sua época, ao expressar o que pode ser considerado a melhor maneira de demonstrar o espanto diante dos absurdos que marcam a vida republicana do Brasil. Pergunto-me há muitos anos, como entender o comportamento do eleitor que, no exemplo Arruda, coloca-o na liderança das pesquisas de intenção de voto.
Recém saído da penitenciária da Papuda, condenado por improbidade administrativa, fotografado recebendo um monte de dinheiro de propina, ele alcança o patamar maior da simpatia do eleitorado. E se autorizado a concorrer, com certeza eleito!!!
Sim, eu já sei o que podem pensar e responder os caros leitores, mas dessas respostas não se tira grande coisa que explique o 'fenômeno eleitor', diante de situações tão insólitas, como o caso Arruda e tantos outros (v.g. Maluf, Jader Barbalho e tantos outros fichas sujas que habitam o planeta político brasileiro).
Culmina minha expectativa, o caso "Lula-Dilma" que ainda carrega um eleitorado significativo (incluiria os 40 milhões de bolsas-família?), mesmo diante do fracasso do projeto político petista, que fez e continua fazendo um monumental estrago no país, transformando-o num Titanic batendo de encontro com o iceberg da insanidade.
Sim, o cenário político se altera com a entrada de Marina, que promete derrotar muitos milhões de eleitores 'lulodilmistas'.
Mas continua minha admiração diante do novo 'cometa' surgido das sombras políticas, inesperadamente, abalando todo o contexto e demolindo certezas. Ampara-se na comoção nacional do trágico acidente que vitimou Eduardo Campos. Mas seria essa a explicação suficiente? E o discernimento do eleitor para separar emoção da razão? Será que alguém se perguntou - antes de responder as pesquisas - quem é Marina Silva, o que fez até agora e se realmente está preparada para administrar um país em pandarecos?
Realmente, há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia...
m.americo
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