Todo corrupto brasileiro tem um mantra na ponta da língua para quando for apanhado com a boca na botija: “Não fui eu”.
Conforme a criatividade do canalha em questão (ou os meios pelos quais o flagrante foi dado), esse mantra pode sofrer variações como “- Não, não sou eu nesse vídeo”… Ou ainda, uma muito famosa nesses dias de PT: “-Não, eu não sabia de nada”.
Mas, como levar esse mantra (e suas variações) em conta, quando é o próprio político que confessa seus crimes, em alto e bom som, para quem quiser ver e ouvir?
É este justamente o caso de Rodrigo Bethlem. Mesmo que sua mãe, seus amigos, seus aliados políticos ou mesmo pessoas a seu soldo encham as redes sociais com frases de apoio, com declarações indignadas, ou mesmo com provas incontestáveis de que a ex-mulher de Rodrigo seja completamente louca; uma coisa não pode ser mudada de maneira alguma: É o próprio Rodrigo Bethlem quem assume seus crimes (dizendo com sua voz) ao relatar as mesadas recebidas pelos convênios formados com a prefeitura e ONG’s; pela intensa defesa dos interesses de Jacob Barata (o “rei” dos ônibus); pela abertura de uma conta secreta na Suíça, destinada a esconder as propinas recebidas; e pelas inúmeras outras mazelas e maracutaias em que se envolveu.
Mesmo que as gravações não possam ser aceitas em um tribunal, não há como contestar o óbvio: o seu envolvimento nas falcatruas foi assumido claramente em cadeia nacional.
Exatamente por isso, a estratégia quase ridícula de tratar sua ex-esposa como uma doente mental, soa como mero fruto do desespero “pós-flagrante“. Algo como um marido apanhado com marcas de batom na cueca pela esposa, ao acabar de chegar do trabalho, e afirmar que tais marcas “apareceram lá”, sem que se soubesse como.
Afinal de contas, como eu já disse, de que interessa se Vanessa Felippe (a ex-esposa) é ou não uma completa doida varrida de carteirinha? Não foi ela quem o acusou. Não foi ela que disse algo “por ouvir de alguém”.
O que Vanessa fez foi apresentar gravações em que o próprio Rodrigo Bethlem assume e relaciona suas falcatruas. Logo, se há algum louco varrido nessa história toda é o próprio Rodrigo, quando imagina que a simples desqualificação de sua denunciante será capaz de convencer alguém.
Todo esse episódio mostra apenas mais um exemplo de como muitos enxergam a política em nosso país. Ao invés de usarem seus mandatos para servirem ao povo e ao país; querem apenas se servir tanto do povo quanto do país para enriquecerem rápido e de forma fácil.
Resta agora aos eleitores apenas cumprirem o seu papel e banirem esse senhor de nossos quadros políticos para sempre.
Quem dera assim o fosse.
E você, caro leitor, o que pensa disso?
31 de julho de 2014
arthurius maximus
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