A estrutura arcaica do futebol brasileiro, que compromete a gestão de clubes e federações e praticamente todas as atividades ligadas ao esporte, está sob pressão dos maiores interessados em mudanças. Os atletas são os líderes de um movimento nacional contra a precariedade das administrações, as falhas nos calendários de competições e o desprezo até mesmo por direitos trabalhistas.
Mas suas atitudes, que em síntese pregam a democratização do futebol, não são de interesse apenas dos diretamente envolvidos nas questões em debate. São do interesse da sociedade e de todos os que sustentam o futebol como entretenimento, como paixão e como patrimônio cultural do país.
Todos arcam com os custos da incompetência, mantida invariavelmente por dirigentes que se perpetuam nas entidades, repetindo erros, acumulando dívidas e maltratando o mais popular dos esportes. N
esse contexto, é inaceitável que o débito total dos clubes com o setor público tenha chegado a fantásticos R$ 4 bilhões. É uma conta paga pela população, pois os danos são compartilhados entre todos.
Os clubes devem impostos, recolhimentos previdenciários, Fundo de Garantia e outras contribuições, como se fizessem parte de um grupo protegido pela impunidade. A irresponsabilidade, agora denunciada com ênfase pelo Bom Senso Futebol Clube, vem fragilizando as entidades e suas relações com atletas, torcedores, patrocinadores e comunidades.
Não há como confiar em clubes que mantêm, em alguns casos por décadas, os mesmos dirigentes. Estes mandatários, por sua vez, são os que eternizam os mesmos nomes no comando de federações regionais e da CBF. É ilusório pensar que os desmandos daí decorrentes prejudicam apenas o futebol.
A desorganização, muitas vezes sob a suspeita de irregularidades graves, conspira contra os interesses do público, das empresas e das instituições que sustentam, de alguma forma, as atividades esportivas.
Também é enganoso almejar mudanças a partir das federações e da confederação nacional. As transformações, que poderão desencadear reformas nas estruturas da ponta da pirâmide, devem começar pela base, pelos clubes de todas as divisões, que são o verdadeiro patrimônio do futebol.
São os clubes que investem na formação de jogadores, nas categorias de base, e tentam preservar vínculos com torcedores.
A maioria depende agora da solução de questões imediatas, como a renegociação das dívidas com o governo, desde que se submetam também a obrigações.
Entidades que não cumprirem exigências elementares da boa gestão devem ser responsabilizadas. É a vez de também os mantenedores do futebol se submeterem a penalidades impostas a qualquer atividade. A democratização, que exige igualmente maior participação dos associados dos clubes nas decisões, além de reformas nos critérios de escolha dos dirigentes da CBF, poderá finalmente sepultar um corporativo, que busca muito mais a perpetuação de poder nas entidades do que a prosperidade do futebol.
Mas suas atitudes, que em síntese pregam a democratização do futebol, não são de interesse apenas dos diretamente envolvidos nas questões em debate. São do interesse da sociedade e de todos os que sustentam o futebol como entretenimento, como paixão e como patrimônio cultural do país.
Todos arcam com os custos da incompetência, mantida invariavelmente por dirigentes que se perpetuam nas entidades, repetindo erros, acumulando dívidas e maltratando o mais popular dos esportes. N
esse contexto, é inaceitável que o débito total dos clubes com o setor público tenha chegado a fantásticos R$ 4 bilhões. É uma conta paga pela população, pois os danos são compartilhados entre todos.
Os clubes devem impostos, recolhimentos previdenciários, Fundo de Garantia e outras contribuições, como se fizessem parte de um grupo protegido pela impunidade. A irresponsabilidade, agora denunciada com ênfase pelo Bom Senso Futebol Clube, vem fragilizando as entidades e suas relações com atletas, torcedores, patrocinadores e comunidades.
Não há como confiar em clubes que mantêm, em alguns casos por décadas, os mesmos dirigentes. Estes mandatários, por sua vez, são os que eternizam os mesmos nomes no comando de federações regionais e da CBF. É ilusório pensar que os desmandos daí decorrentes prejudicam apenas o futebol.
A desorganização, muitas vezes sob a suspeita de irregularidades graves, conspira contra os interesses do público, das empresas e das instituições que sustentam, de alguma forma, as atividades esportivas.
Também é enganoso almejar mudanças a partir das federações e da confederação nacional. As transformações, que poderão desencadear reformas nas estruturas da ponta da pirâmide, devem começar pela base, pelos clubes de todas as divisões, que são o verdadeiro patrimônio do futebol.
São os clubes que investem na formação de jogadores, nas categorias de base, e tentam preservar vínculos com torcedores.
A maioria depende agora da solução de questões imediatas, como a renegociação das dívidas com o governo, desde que se submetam também a obrigações.
Entidades que não cumprirem exigências elementares da boa gestão devem ser responsabilizadas. É a vez de também os mantenedores do futebol se submeterem a penalidades impostas a qualquer atividade. A democratização, que exige igualmente maior participação dos associados dos clubes nas decisões, além de reformas nos critérios de escolha dos dirigentes da CBF, poderá finalmente sepultar um corporativo, que busca muito mais a perpetuação de poder nas entidades do que a prosperidade do futebol.
30 de julho de 2014
Editorial Zero Hora
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