"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de junho de 2014

IMAGINE APÓS A COPA...


 
 
A copa ainda não acabou mas a ferocidade do que vem por aí no campo político já dá arrepios. 
 
Lula, com manifestações incitadoras ao ódio do qual ele, a partir do momento que iniciou seu governo, foi um dos principais alimentadores, através do uso recorrente do  "nós e eles", embora hoje se perceba que está mais para "eles" do que para "nós", com suas falsas indignações pelos recentes xingamentos à presidente, modalidade por ele inaugurada, quando estava em campanha para ascender à presidência, que deixou mas não largou, ele, Lula, está a mostrar que não medirá esforços ao usar a desídia, a dissimulação e a atribuição de culpa por qualquer dificuldade do país, aos que o criticam. 
 
São prenúncios de uma campanha desesperadora por parte de quem vê que está cada vez mais difícil convencer através de velhos clichés. 
Ao afirmar que os que xingaram e vaiaram pertencem a classes privilegiadas, esquece-se que a copa foi por ele parida, conhecedor que era de que o acesso do público seria restrito, como aconteceu em todas as sedes, depois que a FIFA, como próspera corporação financeira na qual se transformou após a gestão de Havelange,  assumiu o controle total do espetáculo. 
 
Estamos diante de uma metamorfose, não ambulante, mas mirabolante, que não sabe de nada, não se lembra de nada e vem para a campanha eleitoral visando à reeleição de um de seus mais desastrosos postes, com todas as garras de que dispões e com toda a capacidade de enganar, arte na qual foi mestre exímio. 
 
Como já dizia o historiador Max Hastings, referindo-se ao clima de calma aparente que antecedeu a eclosão da primeira guerra mundial, em 1914, há "um sentimento de que os eventos estão no ar". 
Só nos resta já sentir saudades do antes e advertir "imagine após a copa".
 
17 de junho de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário