Procuradores cogitam a criação de um grupo de até dez delegados, além de peritos, fiscais e técnicos
A força-tarefa de procuradores que atua na Operação Lava-Jato pedirá à direção da Polícia Federal reforço extra para aprofundar as investigações sobre os negócios suspeitos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef com algumas empresas, especialmente com empreiteiras.
Para o procurador, não dá para investigar o doleiro, o ex-diretor da Petrobras e algumas empresas de médio porte usadas em movimentações financeiras suspeitas e deixar de fora das análises as empreiteiras que fizeram transações com os investigados. O procurador sustenta ainda que é necessário o reforço da equipe porque o volume de informações recolhidas até o momento é muito expressivo.
O pedido de refôrço deve ser encaminha ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, na próxima semana. Uma força-tarefa de dez delegados, como querem alguns procuradores, seria maior até que o pelotão destacado para conduzir os inquéritos do caso Banestado, o escândalo de R$ 30 bilhões, um dos mais rumorosos da década passada. No caso Banestado, as investigações se prolongaram por vários anos e muitas denúncias acabaram perdendo força.
Nos últimos anos, pressionado por dívidas, ele teria expandido seus negócios para a administração pública, sobretudo em áreas com grandes orçamentos. O doleiro teria herdado o esquema do ex-deputado José Janene (PP-PR), já falecido.
O Globo
JAILTON DE CARVALHO (EMAIL · FACEBOOK · TWITTER)
12 de maio de 2014
A força-tarefa de procuradores que atua na Operação Lava-Jato pedirá à direção da Polícia Federal reforço extra para aprofundar as investigações sobre os negócios suspeitos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef com algumas empresas, especialmente com empreiteiras.
Os procuradores cogitam a criação de um grupo de até dez delegados, ampliada com peritos, fiscais da Receita e técnicos do próprio Ministério Público.
Só assim, na opinião de alguns deles, seria possível esgotar a apuração sobre as movimentações financeiras de Youssef e Paulo Roberto Costa e tocar inquéritos específicos que deverão ser abertos sobre cada empreiteira citada até o momento.
Só assim, na opinião de alguns deles, seria possível esgotar a apuração sobre as movimentações financeiras de Youssef e Paulo Roberto Costa e tocar inquéritos específicos que deverão ser abertos sobre cada empreiteira citada até o momento.
— Todas as empreiteiras vão ter que se explicar — disse ao GLOBO o procurador Carlos Fernandes, um dos integrantes da força-tarefa destacada para atuar na Operação Lava-Jato.
Para o procurador, não dá para investigar o doleiro, o ex-diretor da Petrobras e algumas empresas de médio porte usadas em movimentações financeiras suspeitas e deixar de fora das análises as empreiteiras que fizeram transações com os investigados. O procurador sustenta ainda que é necessário o reforço da equipe porque o volume de informações recolhidas até o momento é muito expressivo.
Só no material apreendido, a polícia tem uma pilha com 80 mil documentos, entre eles 34 celulares de Youssef, para serem analisados. Dessa massa de informação, os procuradores acreditam que vão surgir outros tentáculos da organização de Youssef. A ligação dele com Paulo Roberto seria apenas um "galho de uma árvore bem maior".
O pedido de refôrço deve ser encaminha ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, na próxima semana. Uma força-tarefa de dez delegados, como querem alguns procuradores, seria maior até que o pelotão destacado para conduzir os inquéritos do caso Banestado, o escândalo de R$ 30 bilhões, um dos mais rumorosos da década passada. No caso Banestado, as investigações se prolongaram por vários anos e muitas denúncias acabaram perdendo força.
Com o aprendizado da experiência anterior, os procuradores querem dar celeridade aos trabalhos agora. Esta seria uma forma de garantir a eficácia das apurações e, se for o caso, das punições dos culpados. As investigações sobre Youssef e Paulo Roberto devem ser concluídas em seis meses.
Documentos apreendidos até o momento indicam que Youssef teria mudado a linha de atuação. Na década passada, quando se tornou um dos personagens centrais do caso Banestado, Youssef aparecia como o doleiro que fazia grandes movimentações de dinheiro para terceiros, sem se importar com a origem dos recursos.
Nos últimos anos, pressionado por dívidas, ele teria expandido seus negócios para a administração pública, sobretudo em áreas com grandes orçamentos. O doleiro teria herdado o esquema do ex-deputado José Janene (PP-PR), já falecido.
JAILTON DE CARVALHO (EMAIL · FACEBOOK · TWITTER)
12 de maio de 2014
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