"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 28 de março de 2014

O SILÊNCIO DE LULA É SINAL DE QUE ESTÁ FEIA A COISA


Os índices de aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff descem ladeira abaixo, hoje na casa dos 36%. A pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria ao IBOPE mostra uma tendência de queda desde dezembro de 2013. Como o levantamento do instituto de pesquisa foi realizado entre os dias 14 e 17 de março, entende-se que o escândalo na Petrobras ainda não repercutiu na queda de aprovação do governo.
 
Portanto, dependendo do que for apurado pela Comissão Parlamentar de Inquérito a ser instalada na próxima semana no Congresso Nacional, o prestígio da presidente vai chegar a números preocupantes. Outubro está logo aí e não há muito o que fazer pelos governantes. O que chama a atenção na pesquisa CNI/Ibope é que 71% dos entrevistados desaprovam a forma como Dilma Rousseff e seu governo vêm atuando no combate à inflação. É justamente nesse quesito que mora o perigo.
 
E sabe-se que não tem bolsa-família que possa dar jeito no humor do eleitor com o atual cenário.
O bolso fala mais alto, quando fica muito claro ao consumidor, principalmente os de baixa renda, que produtos estão sendo remarcados nas gôndolas dos supermercados.
 
O modelo econômico de fartura, inaugurado por Lula nos seus dois mandatos, esgotou-se e dá os últimos suspiros de vida saudável, tanto para produtores como para os
consumidores. Inflação sem controle, juros altos e uma carga tributária obscena são indicadores precisos de que o Brasil baixará à UTI mais cedo do que avaliava o governo federal alguns meses atrás.
 
Acendeu a luz amarela na coordenação de campanha da presidente Dilma e a mudez de Lula é prova insofismável de que o ex-presidente possa entrar no jogo eleitoral.
 
Apesar de afirmar que a candidata em 2014 é Dilma, o “volta Lula” é uma realidade na cúpula petista, que até hoje não engole o pseudo-estilo gerentona da presidente. E é o que Lula  mais deseja, a volta ao poder com um discurso tosco de que “no meu tempo o povo vivia melhor”.
 
Lula é primário, despreparado e rasteiro em análise de conjuntura, mas fala a linguagem dos botocudos e dos que vivem às expensas do contribuinte com o dinheiro do programa bolsa-família. Nesta quinta-feira as ações da bolsa de valores deram sinais positivos e o dólar caiu perante o real. O motivo? A queda de aprovação do governo Dilma e a possível alternância na cadeira da presidência, seja com Aécio Neves, seja com Eduardo Campos. O mercado deu o seu recado para o bom entendedor: quer mudanças já.
 
Mesmo empresários neopetistas  estão sem paciência com Dilma e torcem o nariz para mais quatro anos de lulopetismo. A mudez de Lula está relacionada com a bomba de efeito arrasador do que pode ser apurado pela CPI mista, na investigação da compra e venda da refinaria Pasadena, de propriedade de um barão belga picareta.
 
O ex-presidente sabe que o fio foi desencapado no seu governo e que as denúncias de malversação  do dinheiro público cairão no seu colo. Mais uma vez Lula e Dilma ficarão nas mãos da base alugada e do seu principal “aliado”, o PMDB.
 
Os senadores Renan Calheiros e José Sarney, homens públicos acima de qualquer suspeita, estão rindo à toa. O balcão de negócios do Palácio Planalto será reaberto e vai rolar liberação de emendas, aumentando a inflação e levando os juros às alturas.  As urnas darão a  resposta devida em outubro próximo.
 
28 de março de 2014
Nilson Borges Filho
 
 

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