"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 9 de março de 2014

A QUE GERAÇÃO VOCÊ PERTENCE?


Você é um tradicionalista, um "baby boomer" ou um "X", "Y" ou "Z"? Ou um Nem-Nem? Ou ainda um Nem-Nem+?
Por meio da análise de um conjunto de fatores (data de nascimento, o que cada um pensa sobre o trabalho, interação do sujeito com os meios de comunicação, avanços tecnológicos etc.) convencionou-se elaborar uma classificação das várias gerações que fizeram ou que estão fazendo história (veja Schujman, Generación Ni-Ni, 2011).
 
Vamos às características de cada uma: o tradicionalista, chamado de leal, nasceu de 1900-1945, na era do rádio; acredita e é apegado às instituições (Estado, Justiça, Polícia, empresas, família, casamento, religião etc.); tem muitos filhos, confia na tradição, economiza dinheiro, consome o essencial e seu lema é: "da casa para o trabalho e do trabalho para casa".
 
Os "baby boomers" nasceram entre 1945-1964 (depois da Segunda Guerra mundial). São competitivos, veem muita televisão, gostam dos super-heróis, são otimistas, confiam no futuro, iniciaram a sociedade de consumo, onde se destacam as grandes marcas.
A geração "X" nasceu entre 1964-1980: são os descrentes (ou desconfiados), que iniciaram o uso massivo do computador, não confiam nas instituições (Estado, Justiça, Polícia, casamento etc.), são individualistas (confiam neles mesmos), consomem drogas com mais liberdade, se divorciam com mais frequência.
A geração "Y" é composta dos nascidos entre 1981-1992: pragmáticos, hiperconectados, desejam viver da sua maneira, assumem mais riscos; é a geração da internet e do celular.
Geração "Z": são os nascidos de 1992 para frente: geração consumista, o shopping é o seu templo (pouca religiosidade); são pessimistas, desconfiam das instituições (sobretudo dos políticos) e são impulsivos. Acredita-se que sejam menos educados que as gerações anteriores.
 
A geração Nem-Nem (nem estuda, nem trabalha) sempre existiu. Mas agora está aumentando (veja Schujman, cit.). Ela é alimentada pelas gerações Y e Z (é, portanto, uma intergeração). São jovens que não crescem emocionalmente, não se apaixonam por projetos; são abúlicos; não se interessam pelas coisas nem pelas pessoas.
Ser adulto lhes assusta. Perpetuam-se na adolescência. São apáticos, nada interrogativos, não conseguem eleger as coisas etc.
 
A essas gerações, penso que devemos acrescentar outra: a intergeração nem-nem+ (não estuda, não trabalha, não procura emprego, não tem família estruturada, não tem assistência pública, não tem nenhum capital econômico, salarial, emocional, cultural, familiar etc.).
Trata-se do excluído do pacto social. É uma intergeração constituída apenas de braços e pernas. Trata-se de um exército de milhões de pessoas, facilmente manobráveis, para o bem ou para mal.
Em países de desigualdade gritante a apropriação deles é feita muitas vezes pela criminalidade.
São potenciais cientistas ou homens/mulheres-bomba (cabe a cada país eleger o seu destino).

09 de março de 2014
Luiz Flávio Gomex

Nenhum comentário:

Postar um comentário