Pizzolato oferece mais dois computadores com informações explosivas, em troca de ficar na Itália
Delação premiada em troca de informações comprometedoras contidas em mais dois computadores, com teor bem mais explosivo que os três HDs já apreendidos pela Justiça Italiana. Eis a moeda de troca oferecida pela defesa de Henrique Pizzolato para tentar convencer o governo da Itália a não extraditá-lo para o Brasil. A outra briga imediata do mensaleiro, hospedado na Penitenciária de Modena, é conseguir a prisão domiciliar. A petralhada finge o contrário, mas não quer o retorno de Pizzolato ao País.
O advogado Lorenzo Bergami pretende apresentar à Corte de Apelação de Bolonha novas provas de que o retorno de Pizzolato ao Brasil vai colocar em risco a vida de seu cliente. A prioridade máxima do Ministério da Justiça do Brasil é pedir aos italianos que a Polícia Federal também tenha acesso às informações contidas nos três computadores aprendidos no momento da prisão dele. O Departamento de Recuperação de Ativos do MJ pedirá que o material, junto com as informações de cartões de crédito de Pizzolato, seja enviado para a Superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina – que investiga a fuga de Pizzolato.
Pizzolato é um dos principais arquivos vivos do Mensalão. Outro que segue o mesmo procedimento de “seguro de vida” é Marcos Valério Fernandes de Souza. O publicitário sempre deixou claro que, se algo acontecer com ele ou sua família, informações comprometedoras vão vazar. Valério ainda deu um sustinho na petralhada denunciando à Polícia Federal que o ex-Presidente Lula da Silva sabia de todo o esquema do Mensalão. Mas o inquérito que apura a revelação do operador do mensalão segue em segredinho...
O caso Pizzolato é ainda mais complicado. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil sempre foi figura intimamente ligada à cúpula petista. Na Itália, ele está preso por falsificação do passaporte. Lá, a tese é que ele contou com a ajuda de gente poderosa, provavelmente na máquina governamental, para forjar documentos e fugir do Brasil – conforme já estaria planejado desde 2007.
Como a Justiça italiana deve demorar uns seis meses para decidir pelo retorno dele ao Brasil, Pizzolato pode voltar bem no inferno da campanha eleitoral. Este é o maior temor dos petistas, fora o que os italianos podem descobrir e revelar sobre os movimentos, no exterior, de um dos “gerentes” do esquema do Mensalão. Os italianos farão de tudo para dar o troco no governo petista, por causa da proteção ao ex-terrorista Cesare Battisti. Por isso, na Itália, é grande a aposta de que Pizzolato será extraditado – independentemente da vontade do governo brasileiro.
Alguns petistas avaliam que é melhor trazer Pizzolato para perto – onde seria mais fácil manter seus segredos bem guardados. Mas todos concordam que é inoportuna a chegada dele no meio da reeleição de Dilma Rousseff. Por isso, o movimento é para a extradição imediata. Ou, então, para que o processo só comece a andar a partir de 2015, de preferência bem depois da eleição.
Laços de Família
Pizzolato já causa confusão na sucessão presidencial.
O Ministério Público Federal sustenta a tese de que a gestão dele no marketing do BB causou danos de R$ 5,5 milhões ao erário, na operações com as agências de publicidade de Marcos Valério.
Acontece que um parecer dado em 2012 pela conselheira Ana Arraes, do Tribunal de Contas da União, que foi acompanhada pela maioria de ministros do TCU, isentou as agências de devolverem a grana ao BB.
Ana Arraes é mãe do presidenciável Eduardo Campos, do PSB, um ex-aliado petista que agora quer o lugar de Dilma Rousseff, no UFC presidencial de 2014.
Diploma infectado
Cada vez mais médicos encontram furos no tal diploma da USP que sustenta o curso de “Especialista em Infectologia” do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, agora pré-candidato do PT ao Governo do Estado de São Paulo:
1 – O diploma, datado de 2001, afirma que o ministro teria realizado a residência em três anos, de 01 de fevereiro de 1998 a 31 de janeiro de 2001. Ocorre que naquela época a especialização durava apenas dois anos, o que só veio a mudar em 2004.
2 – Em 1998 a residência em infectologia começava em janeiro e não em fevereiro. Isso também só mudou em 2004.
3 – O diploma apresentado é assinado pelos ATUAIS coordenadores da residência e não pelos coordenadores de 2001.
4 – O diploma jamais foi registrado na CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica), nem na AMB (Associação Médica Brasileira) e nem no CRM-PA (Conselho Regional de Medicina do Pará) onde Padilha está inscrito atualmente.
Cuidado com a perda de foco
Se o PT ficar muito preocupado com a eleição de Jair Bolsonaro para a Comissão de Direitos Humanos, corre o risco é de ficar sem as Comissões de Constituição e Justiça e Educação.
As duas são apontadas como prioridade pela liderança do partido, por dois motivos.
A primeira faz o meio campo legal entre o executivo e o legislativo, e a segunda cuida do setor que vai irrigar de verbas a campanha do PT, com grandes doações previstas de empresas educacionais, em função, sobretudo, do Pronatec e outras bolsas estudantis menos votadas...
Condutor eleitoral
Em maio, o ministro Dias Toffoli assume a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, no lugar de Marco Aurélio Mello.
Só para refrescar a memória, Dias Toffoli foi assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores, entre 1995 e 2000 na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Toffoli foi advogado do PT nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 1998, 2002 e 2006.
Problema Estelar
Frase cruel que circula na internet:
"A diferença entre o Brasil de hoje e o velho oeste americano é que lá quem usava estrela no peito era o mocinho ..."
Aliás, leitores do Alerta Total arrumaram um novo modo de xingamento contra a petralhada: "Vai pra Cuba que o pariu"...
Papo cabeleira
Convoquem a Princesa
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
12 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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