ESCASSEZ FAZ DA VENEZUELA O PAÍS DAS FILAS. NESTE SÁBADO, POVO VAI ÀS RUAS!
O líder oposicionista da Venezuela, Henrique Capriles, convocou para este sábado um protesto contra o governo do tiranete Nicolás Maduro em todo o país que agora passou a governar por decreto graças à manobra chavista, aprovou a tal “lei habilitante”, que em outras palavras concede poderes ditatoriais a Maduro. Assim, a Assembléia Nacional passa a ser um espantalho de “poder legislativo’.
O líder oposicionista da Venezuela, Henrique Capriles, convocou para este sábado um protesto contra o governo do tiranete Nicolás Maduro em todo o país que agora passou a governar por decreto graças à manobra chavista, aprovou a tal “lei habilitante”, que em outras palavras concede poderes ditatoriais a Maduro. Assim, a Assembléia Nacional passa a ser um espantalho de “poder legislativo’.
Enquanto isso Maduro, com a lei do congelamento de preços e prisões de comerciantes, a par de um controle draconiano do fluxo de dólares, comemora as filas que se formam nas lojas para aquisição de eletrodomésticos e artigos correlatos.
Todavia as prateleiras dos supermercados continuam vazias e faltam diversos alimentos, bem como o papel higiênico.
Enquanto isso, as lojas decidiram impor um determinado número de produtos por consumidor. Também nas grandes lojas e shoppings, as prateleiras começam as esvaziar-se e face ao controle do dólar, os comerciantes não têm como refazer os estoques. A Venezuela importa praticamente tudo, até mesmo papel higiênico e farinha de milho, que é o ingrediente principal do cardápio diário dos venezuelanos.
A febre consumista que varreu a Venezuela nas últimas semanas começa a arrefecer. Calcula-se que nos próximos dias, além da falta de alimentos e medicamentos, começará a escassear também os produtos da linha de eletrodomésticos.
Tudo isso associado a uma inflação galopante e falta de dólares, indica que no curto prazo o país viveraá uma crise política sem precedentes. Todo esse intervencionismo na economia levado a efeito pelo tiranete Nicolás Maduro, tem em mira as eleições legislativas de 8 de dezembro próximo. São medidas de caráter eleitoreiro imediato. Contudo, o estrago já começa a ser sentido pela população que passa horas nas filas para comprar qualquer produto. Antes as filas se restringiam aos supermercados. Agora a escassez já atinge os grandes shoppings e as redes de varejo onde todos fazem fila para comprar qualquer coisa.
A euforia que tomou conta dos consumidores, que chegaram a saquear diversas lojas em vários pontos do país, vai se desfazendo para dar lugar à incerteza e ao nervosismo. Espera-se que passada a febre consumista os venezuelanos mergulhem numa depressão coletiva com a escassez alcançando todos os ramos do comércio.
Trata-se como se vê de um filme muito antigo. Em Cuba isto começou há 52 anos, quando os comunistas liderados por Fidel Castro assumiram o poder. Cuba era um país bonito e próspero e acabou se tornando uma grande favela. O racionamento de alimentos e de todos os demais produtos tornou-se crônico, aliás uma estratégia para aniquilar o debate político entre os cidadãos. Num sistema de escassez, as pessoas só pensam todos os dias em sair à procura de alimentos e demais produtos de primeira necessidade. É uma estratégia coercitiva draconiana e diabólica destinada a manter no poder uma camarilha de assassinos, torturados e ladrões.
É isto que neste momento está ocorrendo na Venezuela. Todavia, dado às condições gerais desse país, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo, a cubanização vem sendo aplicada a conta gotas, dentro da estratégia do Foro de São Paulo, entidade fundada por Lula e Fidel Castro, em 1990, que articula a transformação de todos os países latino-americanos em repúblicas socialistas do século XXI, eufemismo para a aplicação da desastrosa política econômica comunista que faliu a ex-URSS e matou milhares de pessoas de fome na China. Aliás, neste mesmo momento em que ocorre a cubanização da Venezuela, a China anuncia medidas para turbinar o seu capitalismo!
Intervencionismo estatal na economia é e sempre foi um tremendo desastre para a população. Está provado na prática em todos os lugares onde foi tentado. Lembram-se dos fiscais de Sarney no Brasil? O controle de preços de então fez evaporar diversos produtos do mercado brasileiro. Além de ter sido um fiasco foi tão ruim que a maioria da população brasileira jamais evoca tal período como exemplo de solução econômica.
Quando se produz o estrago na economia como o que vem ocorrendo na Venezuela, o resultado é uma crise de grandes proporções logo adiante. É possível portanto, que Nicolás Maduro e seus sequazes tenham iniciado a contagem regressiva para o fim do chavismo, não sem antes castigar cruelmente a população.
E, claro, Maduro e seus asseclas não irão fugir para Cuba. Tudo leva a crer que emigrarão para os Estados Unidos ou para os países de primeiro mundo da Europa, com os bolsos cheios de dólares e euros.
A propósito o site de O Globo postou uma reportagem sobre o clima na Venezuela sob o controle de preços do governo: as pessoas estão vendo que sob o chavismo a Venezuela se tornou um país das filas. Um clima de pavor toma conta da população, principalmente, dos cidadãos razoavelmente educados e informados.
Leiam:
A filial da Zara no centro comercial Tolón, em Caracas, exibe no caixa um aviso de que as compras estão limitadas: “Permite-se um máximo de três peças por pessoa, sem serem repetidas”. Uma cliente na fila notou que, de qualquer forma, as opções de escolha eram poucas.
A seção de crianças exibia prateleiras totalmente vazias. Uma vendedora explicou que há três meses não importam roupas da Espanha porque a Comissão de Administração de Divisas (Cadivi) não libera dólares para a loja.
Na loja de brinquedos Hobby 2000, também na capital, só dois produtos podiam ser levados de uma vez e com 25% de desconto. Na loja de departamentos El Tijerazo, só eram permitidas as vendas de três artigos nas seções de vestuário e decoração; na de móveis, apenas um. O desconto era de 50%. Na fila há 40 minutos, o cliente José Calvera reclamava de não poder trocar as mercadorias com desconto.
Segundo um funcionário, a cada dez minutos, 30 pessoas entravam na loja. O número de compradores triplicou com os descontos. Na Ilha Margarita, um dos caixas da Zara local contou que não se planejava repor o estoque antes de fevereiro, e temia pelo seu emprego.
- Se a mercadoria acaba, não temos o que vender - ponderou.
Nas lojas de bebidas alcoólicas, todas as garrafas de uísque foram para as prateleiras. Nas lojas de eletrodomésticos, diante de longas filas, os comerciantes mantinham portas entreabertas para controlar o fluxo de clientes. Guardas faziam rondas para verificar se tudo estava em ordem.
Na loja Diáfano, permitia-se apenas a compra de três peças de roupa por cliente.
- Vim na segunda e, ao saber que as vendas eram limitadas, voltei depois com minha irmã para poder comprar tudo o que precisava - disse Solange Marcano.
Alguns já começavam a sentir um clima de desespero após a euforia dos preços baixos.
- Lamentavelmente nos tornamos o país das filas e do nervosismo - disse Teresa Lugo numa loja de computadores.
23 de novembro de 2013
in aluizio amorim
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