Ônibus em direção às praias da Zona Sul serão parados pela polícia
- Medida será tomada principalmente no Méier, de onde parte o maior número de coletivos
- Menores, principalmente com até dez anos, desacompanhados poderão ser encaminhados ao Conselho Tutelar.
- PM vai ter 600 homens espalhados do Leme ao Leblon
RIO — Para evitar que uma nova onda de arrastões passe pelas praias cariocas, a Polícia Militar vai passar a abordar, neste fim de semana, ônibus que circulam na orla da Zona Sul. Veículos que saem da Zona Norte, principalmente do Méier, estão entre os alvos da ação.
Esse trabalho, segundo o Relações Públicas da PM, tenente-coronel Claudio Costa, será executado por batalhões da região, principalmente o 3º BPM (Méier), de onde parte a maioria dos coletivos em direção à Zona Sul. Serão feitas revistas e cobrados documentos. Menores, principalmente com até dez anos, desacompanhados, poderão ser encaminhados ao Conselho Tutelar.
O reforço no policiamento da orla carioca, que é uma determinação do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, começa neste sábado às 9h e vai funcionar durante todos os finais de semana e feriados, das 9h à 19h. Policiais civis e militares estarão dispostos em toda a orla da Zona Sul, com funções específicas para coibir pequenos furtos e arrastões. Somente da PM serão 600 homens, do Leme ao Leblon, entre areia, patrulhamento de motocicleta, quadriciclo e carros normais. Já a Polícia Civil vai dispor de uma delegacia móvel no fim do Arpoador, e poderá fazer três atendimentos simultâneos.
De acordo com o subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, a delegacia móvel será uma projeção da 14ª DP (Leblon). No local, além do microônibus estarão um furgão da polícia civil e dois carros. Equipes do Instituto Félix Pacheco vão identificar e verificar antecedentes de prováveis detidos. Policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e do Conselho Tutelar vão atuar em conjunto com os agentes da delegacia móvel.
Em Copacabana, de acordo com Veloso, policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) irão atuar em apoio às delegacias da região. Esse grupo de 30 homens fará todo o levantamento de índices e ocorrências criminais que acontecem em locais específicos de Copacabana, como nos arredores do Hotel Othon e na Praça do Lido.
— A ação de policiais na delegacia e circulando em Copacabana vai inibir e reprimir atos com arrastões. Vamos qualificar os detidos e prováveis presos para facilitar investigações das delegacias. Se constatarmos menores praticando crimes, os pais poderão ser indiciados por abandono de incapaz — disse o delegado Fernando Veloso.
Já a Polícia Militar vai dispor de equipes espalhadas pelas areias de Copacabana até o Leblon. De acordo com o tenente-coronel Claudio Costa, dos 600 policiais destacados para a orla, 450 serão de recrutas, 60 do Batalhão de Choque e 90 dos batalhões de Copacabana e Leblon, que já atuam na orla. No novo esquema montado, os policiais do Batalhão de Choque também vão atuar com roupas específicas de patrulhamento nas areias. Duplas vão abordar suspeitos e jovens em pontos de ônibus para averiguar documentos.
— Vamos atuar em parceria com a Polícia Civil. Quando um suspeito for abordado, ele será encaminhado para a delegacia móvel no Arpoador — disse o tenente-coronel Claudio Costa.
Para o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, episódios como o arrastão que aconteceu no último feriado tiram a tranquilidade de quem quer ir à praia como forma de lazer.
Em entrevista ao RJ-TV, Beltrame disse que o patrulhamento intensivo vai coibir esses atos.
— Vamos fazer um policiamento intensivo. Vamos colocar policiais à paisana nas areias. Outras instituições vão nos ajudar por causa da participação de crianças de 10 anos. Isso aconteceu nos feriados. Isso tira a tranquilidade das pessoas. Vamos buscar antecipar essas ações. São pessoas que vem de outras áreas com o intuito de praticar pequenos furtos e roubos. O que temos que fazer é apresentar a polícia à população — disse Beltrame.
Nesta sexta, em um dia atípico e nublado, frequentadores, moradores e turistas que passavam pelo Arpoador ainda comentavam ou reclamavam do arrastão que ocorreu no feriado do Dia da Consciência Negra. Morador de Copacabana e frequentador da praia há mais de 20 anos, o comerciário Arthur Wolters, de 39 anos, disse que está mudando os hábitos no fim de semana por conta dos roubos na região.
— Agora no fim de semana procuro ir à cachoeira no Horto ou fazer churrasco com amigos. Essas gangues que vem de fora não se intimidam sequer com a presença da polícia. Pagamos um IPTU alto e nos finais de semana não podemos usufruir da praia — disse.
Em um dia mais calmo, com céu nublado e temperatura amena, a mineira Marina Coelho, de 32 anos, disse que pôde aproveitar o Arpoador sem susto nesta sexta. Ela contou que, quando disse aos amigos que viria para o Rio, todos disseram para que ela não viesse por causa dos arrastões.
— Me disseram para não vir para o Rio porque aqui tem arrastão. Hoje está tranquilo, mas com a praia cheia eu não venho.
Frequentador do Arpoador, o médico Erick Fernandes, de 39 anos, disse que não vai deixar de ir ao local por causa do incidente ocorrido no último feriado. Ele disse que sempre viu policiamento no local e acredita que o arrastão aconteceu porque um roubo gera uma onda de pânico que se espalha.
— Sempre frequentei o local e não deixarei de vir aqui. A presença da polícia vai tranquilizar ainda mais. Faço ginástica aqui há dois anos e não vou mudar meus hábitos.
Esse trabalho, segundo o Relações Públicas da PM, tenente-coronel Claudio Costa, será executado por batalhões da região, principalmente o 3º BPM (Méier), de onde parte a maioria dos coletivos em direção à Zona Sul. Serão feitas revistas e cobrados documentos. Menores, principalmente com até dez anos, desacompanhados, poderão ser encaminhados ao Conselho Tutelar.
O reforço no policiamento da orla carioca, que é uma determinação do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, começa neste sábado às 9h e vai funcionar durante todos os finais de semana e feriados, das 9h à 19h. Policiais civis e militares estarão dispostos em toda a orla da Zona Sul, com funções específicas para coibir pequenos furtos e arrastões. Somente da PM serão 600 homens, do Leme ao Leblon, entre areia, patrulhamento de motocicleta, quadriciclo e carros normais. Já a Polícia Civil vai dispor de uma delegacia móvel no fim do Arpoador, e poderá fazer três atendimentos simultâneos.
De acordo com o subchefe operacional da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, a delegacia móvel será uma projeção da 14ª DP (Leblon). No local, além do microônibus estarão um furgão da polícia civil e dois carros. Equipes do Instituto Félix Pacheco vão identificar e verificar antecedentes de prováveis detidos. Policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e do Conselho Tutelar vão atuar em conjunto com os agentes da delegacia móvel.
Em Copacabana, de acordo com Veloso, policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) irão atuar em apoio às delegacias da região. Esse grupo de 30 homens fará todo o levantamento de índices e ocorrências criminais que acontecem em locais específicos de Copacabana, como nos arredores do Hotel Othon e na Praça do Lido.
— A ação de policiais na delegacia e circulando em Copacabana vai inibir e reprimir atos com arrastões. Vamos qualificar os detidos e prováveis presos para facilitar investigações das delegacias. Se constatarmos menores praticando crimes, os pais poderão ser indiciados por abandono de incapaz — disse o delegado Fernando Veloso.
Já a Polícia Militar vai dispor de equipes espalhadas pelas areias de Copacabana até o Leblon. De acordo com o tenente-coronel Claudio Costa, dos 600 policiais destacados para a orla, 450 serão de recrutas, 60 do Batalhão de Choque e 90 dos batalhões de Copacabana e Leblon, que já atuam na orla. No novo esquema montado, os policiais do Batalhão de Choque também vão atuar com roupas específicas de patrulhamento nas areias. Duplas vão abordar suspeitos e jovens em pontos de ônibus para averiguar documentos.
— Vamos atuar em parceria com a Polícia Civil. Quando um suspeito for abordado, ele será encaminhado para a delegacia móvel no Arpoador — disse o tenente-coronel Claudio Costa.
Para o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, episódios como o arrastão que aconteceu no último feriado tiram a tranquilidade de quem quer ir à praia como forma de lazer.
Em entrevista ao RJ-TV, Beltrame disse que o patrulhamento intensivo vai coibir esses atos.
— Vamos fazer um policiamento intensivo. Vamos colocar policiais à paisana nas areias. Outras instituições vão nos ajudar por causa da participação de crianças de 10 anos. Isso aconteceu nos feriados. Isso tira a tranquilidade das pessoas. Vamos buscar antecipar essas ações. São pessoas que vem de outras áreas com o intuito de praticar pequenos furtos e roubos. O que temos que fazer é apresentar a polícia à população — disse Beltrame.
Nesta sexta, em um dia atípico e nublado, frequentadores, moradores e turistas que passavam pelo Arpoador ainda comentavam ou reclamavam do arrastão que ocorreu no feriado do Dia da Consciência Negra. Morador de Copacabana e frequentador da praia há mais de 20 anos, o comerciário Arthur Wolters, de 39 anos, disse que está mudando os hábitos no fim de semana por conta dos roubos na região.
— Agora no fim de semana procuro ir à cachoeira no Horto ou fazer churrasco com amigos. Essas gangues que vem de fora não se intimidam sequer com a presença da polícia. Pagamos um IPTU alto e nos finais de semana não podemos usufruir da praia — disse.
Em um dia mais calmo, com céu nublado e temperatura amena, a mineira Marina Coelho, de 32 anos, disse que pôde aproveitar o Arpoador sem susto nesta sexta. Ela contou que, quando disse aos amigos que viria para o Rio, todos disseram para que ela não viesse por causa dos arrastões.
— Me disseram para não vir para o Rio porque aqui tem arrastão. Hoje está tranquilo, mas com a praia cheia eu não venho.
Frequentador do Arpoador, o médico Erick Fernandes, de 39 anos, disse que não vai deixar de ir ao local por causa do incidente ocorrido no último feriado. Ele disse que sempre viu policiamento no local e acredita que o arrastão aconteceu porque um roubo gera uma onda de pânico que se espalha.
— Sempre frequentei o local e não deixarei de vir aqui. A presença da polícia vai tranquilizar ainda mais. Faço ginástica aqui há dois anos e não vou mudar meus hábitos.
23 de novembro de 2013
Ana Claudia Costa
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