É de conhecimento geral o enorme descontentamento manifestado pela presidente Dilma a respeito da ação isolada de um diplomata que, inspirado por impulsos humanitários, protagonizou o, até certo ponto cinematográfico, traslado de um político boliviano, de reputação duvidosa, é verdade, para o Brasil.
Ressaltou também a presidente, talvez temendo a fúria do encardido cocaleiro Evo Morales, que governa aquele poderoso país, provavelmente considerando-se por ele admoestada, que se tratava de uma intolerável interferência nos assuntos internos de nação amiga.
Sentiu-se então na obrigação de assumir atitude política concreta e subserviente para ostentar sua solidariedade ao aliado bolivariano.
O resultado foi a demissão imediata de um Ministro de Estado brasileiro.
Será que a nossa presidente pensou nestes termos quando influenciou fortemente a cúpula da decadente Unasul no episódio relacionado à expulsão do Paraguai da entidade e do Mercosul, por ter seu governo tomado atitude soberana de destituir um bispo trapalhão e incompetente da presidência e de não aceitar o ingresso da Venezuela no órgão, por contrariar protocolos firmados anteriormente?
Trata-se de mais um equívoco da andrajosa política externa atual, mutiladora das mais nobres tradições da nossa diplomacia.
02 de setembro de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
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