"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

O MAIOR ÊXODO DA HISTÓRIA LATINO-AMERICANA


Num ponto de fronteira do Brasil com a Venezuela
Num ponto de fronteira do Brasil com a Venezuela











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A enxurrada de migrantes venezuelanos nos últimos anos é um fato sem precedentes na América Latina, explicou em entrevista ao “Clarín” Juan Carlos Murillo, Representante Regional para a América Latina do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Mais de 5 milhões de pessoas que saíram do país caribenho saturando os sistemas migratórios dos diversos Estados.

Atualmente existem cerca de 174.000 venezuelanos com status de imigração na Argentina, o país sul-americano que está mais longe do Caribe.

A situação na Venezuela provocou o maior êxodo da história contemporânea da região, disse o representante da ACNUR.

É sem dúvida o maior drama migratório do continente bem chamado pelos Papas de “continente da esperança” por todas suas potencialidades católicas.

Filas na ponte Simón Bolívar nla fronteira com a Colombia para fugir da Venezuela
Filas na ponte Simón Bolívar nla fronteira com a Colômbia para fugir da Venezuela

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Mas paradoxalmente o Papa Francisco tão preocupado pelas migrações de muçulmanos e animistas do Oriente Médio e da África, pouco ou nada parece se preocupar com o drama de milhões de fiéis católicos de nosso continente.

Trata-se de um movimento massivo em grande escala, segundo o especialista. Nunca tivemos 5.200.000 pessoas na região que deixaram seu país de origem como refugiados e migrantes.

Números muito inferiores de brasileiros, por exemplo, migram para a região amazônica para ali iniciarem o aproveitamento agropecuário de terras no abandono e sem dono.

Então a gritaria comuno-progressista se faz ouvir estrepitosamente até desde o Vaticano. E é acolhida contra esses beneméritos brasileiros pela grande mídia, aliás adversa a tudo o que é católico.

Os mesmos fingem não ver o calvário de milhões flagelados e expulsos de sua pátria por uma ditadura comunista inclemente. Inclusive com riscos para a perda da prática religiosa.

Refugiados venezuelanos na autopista Panamericana, Tulcán, Equador, após atravesaem a Colômbia
Refugiados venezuelanos na autopista Panamericana, Tulcán,
Equador, após atravessarem a Colômbia








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A resposta dos Estados tem sido abertamente generosa, diz Murillo. Porque tradicionalmente, os sistemas da região recebem movimentos menores, em geral fronteiriços, e mais gerenciáveis.

Hoje os sistemas estão sobrecarregados, e, em muitos casos, é impossível tomar uma decisão antecipada sobre o estado dos refugiados ou garantir-lhes a documentação.

A autoridade do ACNUR sublinha que fala de centenas de milhares de pessoas e que esta é uma situação sem precedentes no continente.

Os países do Cone Sul são o destino natural. Os venezuelanos fugitivos do comunismo chegam a esses países com a intenção de se enraizar, se estabelecer, se integrar. Uma porcentagem muito pequena expressou interesse em retornar ao país de origem.

A grande afinidade que há entre latino-americanos afasta os sentimentos de discriminação ou xenofobia.

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Os migrantes que clamam por ajuda têm necessidades de proteção após passarem anos de expropriações e brutalidades socialistas que os deixaram apenas com o mínimo para sobreviver.

A pandemia exacerbou a vulnerabilidade dos refugiados: eles precisam de abrigo, de roupas adequadas para o inverno, alimentos e documentação, sobre tudo longe de seu cálido país caribenho.

A pandemia fez com que muitas pessoas perdessem seus empregos ou o sustento que tinham no setor informal nos países onde procuraram refúgio.

Mas dessa pobreza nem o Papa Francisco e seus movimentos sociais, as Conferencias Episcopais, CEBs e ONGs “humanitárias”, falam pouco.

Parecem obcecados pela luta contra os ricos e contra os evangelizadores e colonizadores “brancos”.
12 de novembro de 2020
Luiz Dufaur, escritor, jornalista, conferencista de política internacional.

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