Quase 90% dos usuários de internet estão sendo monitorados
Guilherme Preta, editado por Matheus Luque 06/11/2019
Relatório da Freedom House também mostra que 40 países possuem programas de vigilância em mídias sociais
Um relatório publicado pela organização independente de vigilância Freedom House, chamado Freedom on the Net de 2019, mostrou que a internet não é tão livre segundo se imagina. Os dados mostram que 40 dos 65 países estudados possuem programas avançados de vigilância das mídias sociais.
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O país considerado menos livre na internet é a China. Rússia e Egito também são classificados como “não livres”. Além disso, 89% dos usuários, cerca de 3 bilhões de pessoas sofrem com algum tipo de vigilância. No Irã, por exemplo, há cerca de 42.000 “soldados voluntários” que monitoram os usuários.
Os Estados Unidos foram classificados como “livres” da censura no relatório, porém fecharam acordo com uma empresa israelense de cibersegurança no valor de US$ 30 milhões para utilizar ferramentas que permitem invadir telefones e capturar dados. O estudo afirmou que 47 dos 65 países apresentaram prisões de usuários por discursos políticos, sociais ou religiosos, incluindo países “livres”, como EUA e Reino Unido.
O Brasil foi classificado como em 'declínio geral' desde junho de 2018. O relatório fala de ataques cibernéticos contra jornalistas, entidades governamentais e usuários politicamente engajados, principalmente no período das eleições presidenciais. Além disso, destaca que apoiadores da extrema-direita “espalharam boatos homofóbicos, notícias enganosas e imagens falsas no YouTube e WhatsApp”. O destaque do relatório fica para a Islândia, que se tornou o melhor protetor mundial da liberdade na internet.
06 de novembro de 2019
olhar digital
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