“A Lava Jato foi um terremoto na corrupção política brasileira”, afirmou o procurador Dallagnol.
O procurador da República, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, criticou, nesta quinta-feira (19), recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre as decisões criticadas está a que anulou a condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil.
Em palestra no Congresso Paranaense de Radiodifusão, em Curitiba, Dallagnol declarou:
“Chega lá [no STF] e tem entendimento diferente, novo, com o qual a gente não contava na investigação e derruba [o processo] para trás. Isso é contraproducente.”
De acordo com o jornal Folha, o procurador ainda chamou de “revanchismo” a possível mudança de entendimento sobre a prisão após a segunda instância de julgamento:
“Ou seja, temos um péssimo ambiente nesse momento e ainda soma-se a tudo isso um ambiente de revanchismo, que aumenta a probabilidade de eu e outras pessoas sermos punidos em diferentes âmbitos.”
Dallagnol também convocou a imprensa a “promover o debate” sobre os projetos de lei e decisões judiciais que criticou:
“A Lava Jato foi um terremoto na corrupção política brasileira, mas foi um terremoto na vida de muitas pessoas, como eu, que trabalham no caso. Vivemos pressões diárias, altíssima carga de trabalho, ameaças, ataques morais, perdas de privacidade, processo contra nós e processo que pedem mais de R$ 1 milhões, série de reclamações e procedimentos em conselhos e corregedorias.”
20 de setembro de 2019
renova mídia
Nenhum comentário:
Postar um comentário