O segundo vídeo do canal O Informante no Youtube aborda as possibilidades da tecnologia e da inteligência artificial e seus impactos sobre a vida das pessoas num futuro muito próximo. E como não poderia ser diferente, a principal preocupação sobre o avanço tecnológico refere-se à liberdade. Nesse ponto incide a política que resumidamente pode ser definida como a 'luta pelo poder e pela manutenção do poder'. Este, a meu ver é o conceito mais bem acabado de política. No Estado dito moderno a luta se trava no processo eleitoral, enquanto a manutenção do poder acontece durante o exercício do poder pelo vencedor e sua entourage.
Por enquanto ainda analisamos a política com base em seus conceitos de antanho. Com o extraordinário desenvolvimento tecnológico e sua aplicação em sistemas ditos de "inteligência artificial" descortina-se um futuro imprevisível. Contudo, essa imprevisibilidade já nos concede a possibilidade de uma discussão política a partir de um valor constante e imutável que denominamos "liberdade".
Os dois vídeos que apresento podem ser um ponto de partida para pensar sobre o assunto. Aliás, o caso chinês é um bom começo. Quem sai na frente fazendo uso intensivo da tecnologia é o movimento comunista liderado pela China. Faz sentido, pois a sobrevivência do comunismo reside no totalitarismo, ou seja, na morte da liberdade.
No que se relaciona ao vídeo sobre a China, a tradução com legendas é do grupo Tradutores de Direita que também escreveu um texto sobre o seu conteúdo que transcrevo como segue. Leiam:
O Séc. XXI nos proporcionou uma profunda mudança nos nossos hábitos. O avanço tecnológico tem aumentado a facilidade e comodidade com as quais realizamos as mais diversas tarefas do nosso dia-a-dia. Porém, sendo a tecnologia meramente uma ferramenta, pode ser usada para promover a liberdade ou a escravidão de uma sociedade. Hoje, líderes políticos que compreendam o estado da arte da tecnologia tem em mãos ferramentas de controle muito superiores às usadas pelos maiores ditadores da história. Em particular, a China tem feito um grande esforço para se tornar a pioneira nesta arte, produzindo mecanismos de controle que Mao, Stalin ou Hitler jamais seriam capazes de sequer conceber.
No Ocidente, as primeiras denúncias sobre o sistema chinês de Crédito Social vieram de fontes pouco conhecidas. Isto gerou um certo grau de desconfiança que, em parte, nos permitia ignorar o problema e evitar ter que encarar a sua monstruosidade. Hoje, já não é possível ignorá-lo: o sistema está sendo colocado em prática e já fez as suas primeiras vítimas.
A pergunta que deve ser feita é: se o governo Chinês está disposto a usar estes mecanismos avançadíssimos para escravizar o próprio povo, com qual interesse ele buscará trazer estas tecnologias para outros países, incluindo o Brasil? Até que ponto nossos prefeitos e governadores compreendem estas ameaças? E como o presidente Jair Bolsonaro deverá lidar com esta situação, em um país profundamente ligado à China, do ponto de vista comercial? A TRADUÇÃO: cpac, Samuel Kultz, Gabriel Bruno e Rita Salusa. REVISÃO: cpac.
03 de março de 2019
in aluizio amorim
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