"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

POR QUE O ROQUEIRO ROBER WATERS AINDA NÃO FOI PRESO E EXPULSO DO PAÍS?

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Roger, no show, fez campanha contra Jair Bolsonaro
O Brasil não é a “casa da mãe Joana”. O Brasil não é terra sem lei. O povo brasileiro é o alvo da proteção do Estado. Um tal de “Roger Waters”, fundador da banda “Pink Floyd”, roqueiro inglês de 75 anos, resolveu fazer uma série de apresentações no Brasil. Até aí, nada de mais. Acontece que o roqueiro está às escâncaras cometendo crime de ação pública, diante de milhares e até milhões de brasileiros, e a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Governo brasileiro a tudo assistem e nada fazem.
Desde sua primeira apresentação no último dia 9, em São Paulo (repetida nesta quarta-feira, dia 10), que Waters desrespeita, pública e ostensivamente o Estatuto do Estrangeiro. Ele já era para ter sido preso e expulso do país após cumprir a pena, como determina a lei. Mas nada disso aconteceu.
ATÉ DIA 30 – Ele ainda tem apresentações dias 13 em Brasilia, 17 em Salvador, 21 em Belo Horizonte, 24 no Rio (Maracanã), 27 em Curitiba e 30 em Porto Alegre. Quando deixar o Brasil, vai embora cheio de dinheiro e zombando de todos nós, principalmente das autoridades.
Esse tal de “Roger Waters” nas suas duas primeiras apresentações, nesta terça (9) e quarta-feiras(10) em São Paulo, se manifestou, repetidas vezes, sobre política. Sim, é verdade, por mais que pareça não ser. E com a agravante do período eleitoral em que os brasileiros se encontram. Ele não pode se manifestar nem a favor, nem contra qualquer candidato a presidente da República do Brasil. 
Restam na disputa Haddad e Bolsonaro. E o tal estrangeiro, em suas apresentações, estampa cartazes eletrônicos em painés iluminados com a marca “#Elenão”. “Bolsonaro Fascista”. E prega, abertamente, contra o deputado-candidato. Isso e muito mais, fora o monte de palavrões que pronuncia. Foi advertido, mas continua com outras provocações políticas e agora diz estar sendo “censurado”.
DIZ A LEI – O Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815 de 1980) é claro e categórico ao dispor no artigo 107: “O estrangeiro admitido no território nacional não pode exercer atividade de natureza política, nem se imiscuir, direta ou indiretamente, nos negócios públicos do Brasil…”.
Ora, o cara veio aqui para cantar com sua banda. Nada mais do que isso. Aproveitar as apresentações, seja para defender ou para atacar candidato à presidência da República – e isso é exercer, exercitar, praticar atividade política –, ainda mais em época eleitoral, é crime sim, embora o legislador, brandamente, conceitue o gravíssimo comportamento como infração, por intitular seu autor de “infrator”. E crime de ação pública, sujeito o infrator à prisão em flagrante.
Voltemos à lei, que é o Estatuto do Estrangeiro, no que tange à infração, penalidade e procedimento. Diz o artigo 125: “Constitui infração, sujeitando o infrator às penas cominadas….XI – infringir o disposto nos artigos 106 e 107; Pena: detenção de um a três anos e expulsão“.
NADA ACONTECE… – Até agora, nas duas apresentações em São Paulo, nada aconteceu com o tal “Roger Waters”, que continua livre e solto. Vamos aguardar as próximas apresentações, que à exceção da de Porto Alegre, todas as outras ainda ocorrerão no período pré-eleitoral do segundo turno. Vamos ver se alguma autoridade vai proibir o tal cantor de fazer propaganda, a favor ou contra os dois candidatos que restaram para o segundo turno.
Ou se a Polícia Federal e/ou o Ministério Público Federal, um ou outro, ou ambos ou mesmo a Justiça Eleitoral, vão agir em defesa da legalidade contra esse estrangeiro que veio para o Brasil ficar mais rico do que já é e ainda se imiscuir nas questões da política interna do nosso país e do povo brasileiro. Exigimos respeito. Exigimos que as autoridades entrem em ação. E já, tardiamente já.

12 de outubro de 2018
Jorge Béja

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