A defesa do advogado José Yunes, ex-assessor do presidente Michel Temer, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), no final da tarde de quinta-feira, para tentar revogar o decreto de prisão temporária de cinco dias expedido pelo ministro Luís Roberto Barroso na Operação Skala, deflagrada na manhã desta quinta-feira (29) pela Polícia Federal.
Os advogados do ex-assessor do presidente Michel Temer pedem ao ministro que a prisão seja revogada por entenderem que a medida é desnecessária. Para a defesa, Yunes já prestou esclarecimentos três vezes à PF e foi reinquirido nesta manhã sobre os mesmos fatos.
DECRETO DOS PORTOS – As medidas foram determinadas pelo ministro Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos no STF. Além de Yunes, foram presos o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi, o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. A empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário, foi detida em seu apartamento, no Rio de Janeiro.
Procurada pela reportagem, a defesa de Rossi informou que o ex-ministro está aposentado há sete anos e que não atuou mais profissionalmente na vida pública ou privada. “Nunca mais participou de campanhas eleitorais ou teve relacionamentos políticos. Nunca foi chamado a depor no caso mencionado. Portanto, são abusivas as medidas tomadas. Apesar disso, Wagner Rossi está seguro de que provará sua inocência”, informa a nota dos seus advogados.
EMPRESAS NEGAM – Em comunicado, a Rodrimar “esclarece que nunca pagou propina a nenhum agente público e nunca autorizou que alguém o fizesse em seu nome”. Sobre o Decreto dos Portos, a empresa diz que os dirigentes” atuaram, sim, como representantes e parceiros das entidades setoriais no sentido de ajudar a construir o texto de um decreto”. A Rodrimar acrescenta que “todas as empresas que atuam nos portos brasileiros participaram ativamente desses esforços” e que “o decreto não beneficiou nenhuma empresa”.
Em nota, o Grupo Libra informou que já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça, e que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal. Mais informações, conforme o grupo, serão dadas após integral acesso aos documentos da investigação, o que, até o momento, não foi disponibilizado aos advogados da empresa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A defesa de Yunes deu uma tremenda bobeada. Esqueceu de imitar Genoíno, Maluf e Picciani. No Supremo, basta dizer que é velho e está doente, que eles logo libertam. O coronel Lima, cúmplice de Temer, foi mais esperto, e se apresentou em cadeira de rodas, dizendo que não consegue andar. Como essa performance, o coronel Lima já é candidato ao Oscar de Ator Coadjuvante. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A defesa de Yunes deu uma tremenda bobeada. Esqueceu de imitar Genoíno, Maluf e Picciani. No Supremo, basta dizer que é velho e está doente, que eles logo libertam. O coronel Lima, cúmplice de Temer, foi mais esperto, e se apresentou em cadeira de rodas, dizendo que não consegue andar. Como essa performance, o coronel Lima já é candidato ao Oscar de Ator Coadjuvante. (C.N.)
30 de março de 2018
André Richter
Agência Brasil
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