"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 11 de novembro de 2017

ECONOMISTAS ALERTAM GOVERNO SOBRE A AMEAÇA DO CRESCIMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA

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Charge do Kayser (Blog do Kayser)
Além de alterar as normas para concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro (INSS), o governo precisa encaminhar uma série de medidas para reequilibrar as contas públicas e melhorar o ambiente de negócios. Essa é a avaliação dos economistas Marcos Lisboa, presidente da escola de negócios Insper, Samuel Pessôa, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Mario Mesquita, do Itaú Unibanco.
Os três palestraram no 1º Seminário Internacional da Dívida Pública, realizado pelo Tesouro Nacional, e detalharam que o reequilíbrio das contas públicas é fundamental para que o país volte a crescer de maneira sustentável e para que o investimento volte a crescer. Lisboa ressaltou que empresários, trabalhadores do setor privado e servidores públicos precisarão dar sua cota de sacrifício e os privilégios existentes precisam acabar.
INSUSTENTÁVEL – Mesquita relembrou que nos últimos cinco anos a dívida pública cresceu 23 pontos percentuais e sem a reforma da Previdência o teto de gastos é respeitado, no máximo, até 2020. “A trajetória de crescimento da dívida pública é insustentável. Temos sim um problema de solvência”, alerta. Nas contas dele, sem reformas os gastos terão crescimento real de 2% e a dívida chegará a 103% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025.
A aprovação de reformas é urgente já que o ambiente internacional favorável pode estar perto do fim, destaca Pessôa. Conforme ele, com a aceleração do ritmo de crescimento da economia dos Estados Unidos, a tendência é de que o mercado de trabalho norte-americano comece a pressionar os preços de produtos e serviços do país. Com isso, o Federal Reserve (FED), o Banco Central dos Estados Unidos, seria obrigado a aumentar os juros, o que traria efeitos negativos para a economia brasileira.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Até que enfim os economistas parece que estão saindo da letargia para alertar o governo sobre a ameaça da dívida pública, que virou uma bomba-relógio. O assunto é tabu no governo, ninguém fala a respeito, e a mídia faz silêncio para agradar aos banqueiros. Assim, fica parecendo que o gravíssimo problema não existe. Na verdade, a irresponsabilidade com que a dívida é tratada chega a ser criminosa. O assunto deveria ser debatido todos os dias na mídia, obrigatoriamente. Mas quem se interessa? (C.N.)


11 de novembro de 2017
Antonio Temóteo
Correio Braziliense

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