"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

SOCORRO, RUDOLPH GIULIANI! VENHA LOGO, O RIO PRECISA DE VOCÊ, DE "JANEIRO A JANEIRO"

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Com a “tolerância zero”, Giuliani salvou Nova York
É inacreditável, mas é verdade. Foi neste domingo (24/9). Reunidos num palco lá estavam eles, Crivella, Pezão, Moreira Franco, Ricardo Amaral, Roberto Medina e outros mais “notáveis do efêmero”, anunciando o lançamento de um tal programa para 2018 denominado “Rio de Janeiro a Janeiro”. É um calendário improvisado e mirabolante, que prevê a realização de “grandes eventos na Cidade durante todo o próximo ano” e que reúne os governos federal, estadual, municipal e a iniciativa privada. O governo Temer já garantiu R$200 milhões! Quanta patifaria junta.  Saibam o que algumas figuras declararam neste tal lançamento:
“O Rio vive uma situação constrangedora e terrível. Acredito que o programa “Rio de Janeiro a Janeiro” pode causar um “virada” na situação financeira e social do estado, que é difícil e constrangedora. Espero que o programa consiga restabelecer um ambiente de confiança e segurança para os moradores” – (Moreira Franco, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República).
Para melhorar a segurança, seria bom ter Olimpíada “todo mês”, porque é um evento do Brasil” – (Marcello Crivella, prefeito do Rio).
Não temos apenas o Rock in Rio. Temos dezenas de grandes eventos que já acontecem tradicionalmente e que nossa indústria tem planos de realizar outros eventos com a mesma potência” (Sérgio Sá Leitão, ministro da Cultura).
A juventude está quase “prisioneira” de traficantes de drogas e os novos eventos vão alavancar a economia carioca” (Osmar Terra, ministro do Desenvolvimento).
CONVERSA FIADA – Tudo asneiras e mais asneiras. Todos esses senhores, que não passam de ilusionistas, que nunca se preocuparam com o bem-estar do povo brasileiro, muito menos com a população carioca, eles querem, agora, festanças, eventos internacionais o ano inteiro, num país e numa cidade dilaceradas pelos efeitos da corrupção dos chamados “governantes” que muitos deles são ou foram no passado. Querem dar ao povo pão e circo, modo que os imperadores romanos encontraram para manter a plebe servil.
Que façam uma pesquisa, uma enquete, e perguntem à população se eles querem os tais “grandes eventos no Rio de Janeiro a Janeiro de 2018”. A resposta será um sonoro não. Não queremos. Sabemos que são imaginações fantasiosas que, se de fato ocorrerem, nenhum ganho trará para o povo. Não será com o lucro de grandiosos eventos que o Rio vai ficar menos pior.
CADÊ OS LEGADOS? – Que legados teve o povo com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016? Que ganha o povo com os carnavais? Até a alegria de outrora o carioca já perdeu!
Essa possibilidade de geração de emprego é mera ficção. Se gerar, é por curto tempo. Será “bico”. E com salário de baixo valor. Na Olimpíada do Rio os caciques olímpicos roubaram a força de trabalho de mais de 50 mil voluntários que trabalharam muito e não receberam um centavo. E o fabuloso lucro com o evento que benefício trouxe para o povo? O mesmo aconteceu com a Copa do Mundo de 2014: voluntários, obras superfaturadas e muito mal edificadas, governantes processados e presos e tudo hoje abandonado e caindo aos pedaços. Eis os legados.
Desde quando CBF (Confederação Brasileira de Futebol), FIFA (Associação Internacional das Federações de Futebol), COB (Comitê Olímpico Brasileiro, agora com novo nome — Comitê Olímpico do Brasil —, para tornar menos pior a imagem da instituição), COI (Comité Olímpico Internacional), desde quando tais entidades, em que o dinheiro entra e sai “pelo ladrão”, obraram por benemerência, sentiram piedade e abriram seus cofres para dar auxílio às nações e seus povos? Nunca, é a resposta.
NENHUMA LÁGRIMA – O presidente Gianni Infantino, da FIFA, até que veio participar do velório dos jogadores e dirigentes da Chapecoense que morreram no desastre de avião. Mas nem Infantino nem a FIFA deram amparo às famílias dos mortos. Infantino nem se comoveu. Se chorou, ninguém viu. E a FIFA só existe porque existe o futebol. E futebol só é jogado com os jogadores, que são os únicos atores que sustentam a FIFA. Ou não são, seu Infantino? E quando atores e suas famílias sofrem, não é dever do(s) dono(s) do espetáculos acudi-las?
Ora veja só, festança de janeiro a janeiro de 2018 no Rio para tirar a cidade da crise, para proteger o povo da violência urbana, para causar “uma virada na situação financeira e social do estado”, como disse Moreira Franco, já condenado pela Justiça quando foi governador do Rio e agora denunciado no Supremo Tribunal Federal pela prática de crimes comuns!…
Imaginava-se tudo dessa gente, menos tanta ganância, tanta engabelação e oportunismo deles para tirar proveito da dor, do sofrimento, da tragédia, da calamidade pública que sofrem os cariocas. Que venham os R$200 milhões para equipar as polícias do Rio e para serem empregados em ações sociais.
CHAMEM GIULIANI – Que chamem Rudolph Giuliani, o prefeito (mayor) de Nova York que de janeiro de 1994 a 31 de dezembro de 2001, implantou sua política de “tolerância zero”, e acabou com a criminalidade que infestava a cidade e fez de Nova York a mais segura das cidades norte-americanas, sem festanças, sem eventos internacionais… sem esses “truques malandros” desses “geniais” brasileiros que se reuniram nesta domingo no Rio para anunciar o que o povo não quer.
Que chamem Giuliani. Ele está “vivinho da silva”. Está inteiraço. Do alto dos seus 73 de idade e acumulando tanta experiência, o famoso prefeito não se furtaria vir ao Rio, ficar sabendo de tudo e traçar um plano, este sim, merecidamente chamado “Rio de Janeiro a Janeiro”, para que o povo possa viver em paz.

26 de setembro de 2017
Jorge Béja

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