"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 9 de maio de 2017

"NÃO É UM CONFRONTO", AFIRMA O JUIZ SÉRGIO MORO SOBRE O DEPOIMENTO DE LULA

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Charge do Elvis (humor Político)
O juiz Sergio Moro afirmou na noite desta segunda-feira (dia 8), dois dias antes do interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a audiência “não é um confronto” e que ele se preocupa com o clima de disputa que se formou em torno da data. “O processo não é uma guerra. O processo não é uma batalha, o processo não é uma arena. Em realidade as partes do processo são a acusação e a defesa. Não o juiz. O juiz não é parte no processo”, afirmou, em evento sobre eficiência na gestão pública, em Curitiba.
“Me preocupa um pouco esse clima de confronto, essa elevada expectativa em relação a algo que pode ser extremamente banal. E diga-se: nada de conclusivo vai sair nessa data”, acrescentou.
INTERROGATÓRIO – Moro abriu a sua palestra com o recado sobre o depoimento. “Não sei se estão a par, mas na quarta-feira (dia 10) vai haver esse interrogatório”, disse, sob risos da plateia. Sem citar o nome de Lula – o chamou apenas de “o acusado”–, afirmou que, apesar das expectativas, o depoimento é “normal dentro do processo”.
Comparou com o primeiro interrogatório de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, na Lava Jato, em 2015, que considerou “absolutamente banal”.
“O fato é que esse interrogatório é meramente uma oportunidade que o acusado tem de se defender no processo”, disse, acrescentando que o réu pode “até faltar com a verdade”, já que a legislação não prevê crime de falso testemunho em oitiva de acusado.
SEM MANIFESTAÇÕES – O juiz voltou a pedir que apoiadores da Lava Jato não façam manifestações na quarta-feira, para evitar problemas de segurança. “Usando aquelas metáforas futebolísticas: é melhor que seja um jogo de uma torcida única”. “Eu digo isso com tranquilidade porque eu não sou algum dos times em campo, eu sou um juiz”, afirmou.
De terno preto, Moro foi questionado por uma pessoa na plateia sobre a gravata vermelha que usava – a cor normalmente é associada ao PT, partido de Lula. “Isso é vermelho de fraternidade”, brincou, seguido por aplausos e risos dos ouvintes.
Lula será ouvido na ação em que é réu sob acusação de ter recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS, entre elas um tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.
VERDE E AMARELA – Antes da palestra, a Fiep (Federação de Indústrias do Paraná) lançou uma campanha para que, no dia do depoimento de Lula a Moro, as pessoas usem camisas brancas e estendam bandeira verde e amarela em suas janelas.
A palestra foi feita no congresso “Pacto Pelo Brasil”, do Observatório Social do Brasil. Mais cedo, o procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal, disse no mesmo evento que, entre os envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, os políticos são os que “menos reconheceram seus crimes até agora”.
A defesa do ex-presidente nega que ele tenha cometido irregularidades e tem dito que Sergio Moro age de forma parcial no processo.

09 de maio de 2017
José MarquesFolha

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