"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 13 de maio de 2017

MÔNICA MOURA CONFIRMA A BRIGA LULA x DILMA EM 2014


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“Eles negavam, mas é verdade”, disse Mônica Moura
Em depoimento a procuradores, a empresária Mônica Moura afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva queria ser o candidato à Presidência em 2014 e que isso causou um estremecimento na relação entre ele e a então presidente Dilma Rousseff, que decidiu concorrer à reeleição. A delatora disse também que “Dilma escanteou o PT totalmente” naquela campanha.
“Em 2014, houve um certo estremecimento entre Lula e Dilma, acho que isso é do conhecimento de todos. Os jornais veiculavam, mas eles negavam, mas é verdade. Porque o Lula queria ser candidato, e a Dilma não aceitou. Era a reeleição dela. Ela se sentia forte”, disse Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, na delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
QUERIA VOLTAR – “Essa era a conversa dela com João. Eu nunca tive esse tipo de conversa com a Dilma. Depois João vinha me contar, que Lula queria ser candidato de 2014. Voltar. 2010 ele sai, e bota a apadrinhada dele lá, e em 2014 ele volta para ser candidato”, disse Mônica Moura.
O “estremecimento”, segundo Mônica Moura, refletiu-se em um baixo engajamento de Lula na própria campanha de Dilma, tanto na exposição quanto na organização. “Ele [Lula] ia lá na produtora da gente, de vez em quando ele gravava apoio para ela, não queria colocar em risco também”, disse a publicitária, fazendo alusão às chances de o PT alcançar nas urnas mais um mandato.
A campanha de 2014 foi bem diferente da de 2010, quando Lula trabalhava para eleger a sucessora e, segundo a delatora, teria aprovado os custos da campanha, da ordem de R$ 54 milhões, estabelecidos após negociação entre o então ministro Antonio Palocci e o casal de marqueteiros. “Esses R$ 54 milhões foram aprovados por Lula. Palocci só fechou comigo depois de aprovado por ele”.
LULA E OS ATRASOS – A delatora diz que ouvia constantemente de Palocci a informação de que Lula estava ciente, mas ela mesma nunca teria tratado diretamente sobre dinheiro com o presidente. Lula era procurado quando havia atrasos nos pagamentos, segundo ela, por João Santana. Os atrasos eram constantes, segundo ela.
Em 2010, o casal teve dificuldades para receber pagamentos que estavam sob a responsabilidade de João Vaccari, tesoureiro da campanha. Mônica Moura conta que Dilma “escanteou ele (Vaccari) completamente”. Em vez de Palocci e Vaccari, as conversas eram com Guido Mantega e Edinho Silva.
“Edinho, a parte oficial”, disse a publicitária. E Guido fazia a comunicação com a Odebrecht – ele era o pós-Itália na lista do departamento da propina do grupo baiano, em alusão ao fato de ser o sucessor de Palocci, o italiano.
MANTEGA E PALOCCI – “Guido também delegou para falar com a Odebrecht. Como Palocci fazia também (em 2010), ele dizia: ‘conversei lá, já tá acertado, eles já sabem quanto vão ter de pagar. Vá lá e acerte o modus operandi como você quer’”, disse Moura.
“Eu estava até mais tranquila porque não ia ter pagamento do PT, porque eu sabia que isso seria mais uma vez dor de cabeça. Como a Dilma escanteou o PT totalmente, eu nem fui lá, nem conversava com o Vaccari. Mas com a Dilma tive vários. Eu mesma falava da dívida”, disse Moura.
Mônica Moura afirmou também que a petista “era um poste, realmente, para eleger”. “Uma campanha como a da Dilma, em 2010, dificílima de fazer, todo mundo apostava que ia perder, era impossível, era um poste realmente para eleger. E o João não aceitava que ficassem 10, 12 pessoas do PT dando opinião sobre o programa”, afirmou Mônica Moura.
MISSÃO DIFICÍLIMA – “O João colocava no início como cláusula que não aceitava que ficasse conglomerado de gente”, afirmou. Diante da missão “dificílima”, a delatora disse que o casal resolveu restringir a Lula e a Palocci os palpites na campanha.
“Quem dava opinião era o Palocci, era o Lula. O Rui Falcão era muito difícil chegar perto nesta época. Ele quase não era aceito no pequeno grupo”, disse.
Ela explicou que não interferia em outras áreas. “A nossa parte era marketing. A gente não fazia comício. Essa parte a gente nem sabia como é que fazia. Nossa parte era comunicação, marketing, era televisão, rádio, música, jingle, camiseta, essas coisas”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Três anos depois, estão confirmadas as notícias publicadas aqui na Tribuna da Internet, com absoluta exclusividade, sobre a briga entre Lula e Dilma em 2014, quando a criatura conseguiu impedir a candidatura de seu criador. Mônica Moura disse que “os jornais veiculavam, mas eles negavam, mas é verdade”. No entanto, não foi bem assim. O fato concreto é que a Tribuna da Internet cobriu solitariamente este assunto, os jornais praticamente não tocaram na briga, que foi seriíssima, saiu uma ou outra nota, a grande mídia não deu importância, achava-se que a candidatura de Dilma à reeleição era normal… Sem falsa modéstia, é por publicar esse tipo de matéria exclusiva que o Blog se tornou cada vez mais importante na política nacional. A publicitária Mônica Moura tocou agora no assunto apenas por alto, mas  aqui na Tribuna da Internet, com total exclusividade, revelamos até a bala de prata de Dilma disparou contra Lula, para conseguir que ele desistisse da candidatura. Vocês lembram? Não? Então vamos todos relembrar, porque vamos reproduzir aqui um dos artigos publicados à época. Vale a pena ler de novo, porque recordar é viver (C.N.) 

13 de maio de 2017
Deu na IstoÉ
(Agência Estado)

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