"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 5 de março de 2017

PEZÃO E DEPUTADO CONSTAM DA LISTA DE PROPINAS DE UM DOS OPERADORES DE CABRAL



Pezão (Pé) e Jânio Mendes, nas anotações de Bezerra
O nome do deputado estadual Jânio Mendes (PDT) aparece em quatro anotações de Luiz Carlos Bezerra, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos operadores do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Esses mesmos apontamentos trazem referências ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao lado de valores de R$ 140 mil e R$ 50 mil, o que, de acordo com o relatório da Polícia Federal, configura indícios de pagamento de propina. O documento foi remetido para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que é quem pode atuar junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde correm as investigações contra governadores, já que eles possuem foro privilegiado.
No caso de deputados estaduais, o foro é no Tribunal de Justiça. O nome de Jânio aparece sempre ao lado do valor de R$ 19 mil nas anotações encontradas na casa do operador, durante a deflagração da Operação Calicute, em novembro do ano passado. Jânio foi na base do governo de Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Em uma das anotações, o título é “Janeiro” e o nome do parlamentar aparece ao lado do número 14, que parece uma referência ao dia. Em outro apontamento, o título é “Saída 1/14” e, em outro, o nome de Jânio Mendes aparece ao lado da anotação “15/1”. Num quarto bilhete, o título é “”Janeiro”.
DEPUTADO NEGA – Em nota, o deputado Jânio Mendes disse que não conhece Luiz Carlos Bezerra. “Fui candidato a deputado estadual na chapa do governador Pezão. Recebi doação em valor estimado de 19 mil reais que foi declarada em minha prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral. Estou a disposição para qualquer esclarecimento”, diz a nota.
A doação a que o deputado se refere veio do Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República em valor estimado. Isso significa que R$ 19 mil foi o valor atribuído a um serviço ou produtos, como santinhos, por exemplo, recebidos pela campanha do parlamentar.
Atualmente presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional, o parlamentar era suplente na legislatura passada. Quando Felipe Peixoto, também do PDT, assumiu a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Jânio conquistou o mandato. O pedetista é de Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde cumpriu quatro mandatos na Câmara Municipal.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O cerco a Pezão e a outros políticos do esquema de Cabral, como a famiglia Picciani, está apenas começando. O que atrapalha é o foro privilegiado, mas a Lava Jato é irrepresável. (C.N.).

05 de março de 2017
Juliana Castro
O Globo

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