"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

REFLEXÕES SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA E O CRESCIMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA




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Charge do Paixão, reprodução da Gazeta do Povo
O governo de um país só tem três maneiras de financiar sua despesa crescente: 1- Aumentar sua carga tributária; 2- Elevar sua dívida vendendo no open market títulos de dívida pública; 3- Emissão pura e simples de moeda ( dinheiro-papel) via Casa da Moeda/importação de papel-moeda. A economia brasileira está com carga tributária de 37% do PIB, a mais alta entre países emergentes e dos BRICS, portanto em Dominância Tributária (que é quando se aumenta a carga tributária e se arrecada menos, só aumentando a recessão/desemprego).
Se emitirmos moeda, pura e simplesmente como já fizemos muitas vezes no passado, só vamos produzir mais e mais Inflação, tendendo a ficar na situação da Venezuela Bolivariana atual.
DEPENDÊNCIA – Só nos resta então ”não deixar faltar dinheiro para girar a dívida pública”, orçado conforme acima em R$ 581,4 Bi/2016, ou 9,28% do PIB. E essa dívida cada vez mais está sendo financiada com capital externo (já ultrapassa os 40% diretamente).
Depende muito dos juros internacionais, do câmbio e principalmente na confiança de que o governo vai pagar quando chegar a data do vencimento. Por isso nem falar em Auditoria da Dívida etc. Atualmente estamos totalmente dependentes do capital para giro da dívida pública.
É isto, ou voltarmos à inflação alta crescente.
LIBERDADE DE PREÇOS – Tem toda razão o articulista Francisco Bendl em condenar o governo federal, que corretamente permite liberdade de preços em mercados concorrenciais (por exemplo, nos postos de gasolina), e incorretamente também o faz em mercados não-concorrenciais, como o de crédito bancário, especialmente cartões de crédito.
Ora, o que se vê com liberdade de preços é: guerra de preços para baixo em mercados concorrenciais, e guerra de preços para cima em mercados não-concorrenciais. Um dos motivos dos juros abusivos é que o próprio governo é proprietário de cerca de 50% do crédito bancário que circula no país, via Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Bancos Regionais de Desenvolvimento Econômicos, Banrisul etc.,etc.
Os preços devem ser livres em mercados concorrenciais, e rigorosamente controlados em mercados não-concorrenciais como o crédito bancário.


04 de janeiro de 2017
Flávio José Bortolotto

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