"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

REDUZIR OU PROTELAR A OPERAÇÃO LAVA JATO?


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Charge da Myrria, reprodução da Charge Online
Antes que a lista da Odebrecht seja conhecida, outra igual vem sendo preparada, a da Camargo Corrêa. Foram 77 ex-funcionários da primeira, serão 40 os da segunda, encarregados de aprontá-las. Nas duas, entre 100 e 200 políticos  denunciados em cada uma como tendo participado das propinas. Muitos relacionados duas vezes, numa e outra empreiteira.  Os que são parlamentares poderão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Outros vão para Curitiba, entregues ao juiz Sérgio Moro.
A falência do sistema penitenciário se acoplará à batalha contra a corrupção. Não parece provável que os supostos condenados venham a misturar-se à massa carcerária hoje em revolta. Seria sentenciá-los a penas capitais, superiores às que devem responder. Mas criar estabelecimentos penais especiais, onde ficariam a salvo de degolas e estripações variadas, não vai dar. Uma alternativa seria transformá-los em delatores, concorrendo a cumprir em prisão domiciliar a maior parte de seus crimes, desde que reconhecidos. Equivaleria a premiá-los, como muitos já se encontram.
Por conta dessa dúvida, há quem suponha reduzir  ou protelar a Operação Lava Jato. Esticar ao máximo o julgamento dos envolvidos com a Odebrecht e a Camargo Corrêa. E outras.
Cabe ao Ministério Público e ao Judiciário decidir a sorte dos corruptos, bem como dos animais que em variadas penitenciárias são responsáveis pelo assassinato de mais cem presos, só este ano. Tomara que a ninguém seja dado imaginar a mistura de uns e outros.

18 de janeiro de 2017
Carlos Chagas

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