Charge do Tacho, reproduzida do jornal NH
O indivíduo que se oferece à “delação premiada” é um bandido que tenta diminuir sua pena. Como não tem caráter algum, certamente delatará meio mundo, em troca de penas mais leves. Eduardo Cunha é ladrão, portanto, mau caráter. Consequentemente, para se livrar de qualquer pena a que seja condenado, e será pesada, acusará quem estiver pela frente e tiver envolvimento comprovado. O problema é que essas delações não estão colocando na cadeia mais gente e têm libertado quem deveria estar trancafiado. Lula, Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann, Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá, Dilma Rousseff, Renan Calheiros, Fernando Collor, Michel Temer… a quadrilha segue impune!
Mesmo com volumes de provas materiais e também com testemunhas, os delatores estão livres, leves e soltos, da mesma forma os parlamentares envolvidos em roubos, que seguem legislando em causa própria e assaltando os cofres públicos, além de se venderem para o Executivo, de modo a aprovar as medidas que o Planalto exigir, desde que continuem protegidos pelo foro privilegiado.
PRESOS NA MANSÃO – Assim, quem efetivamente sai muito bem da enrascada em que se meteu é o dedo-duro, que terá de cumprir a sua “pena” em casa, na sua mansão, e podendo gozar a fortuna roubada, desde que devolva uma parte para o governo.
Sinceramente, pelo andar da carroça, não sei até onde essa modalidade de se apurar os fatos mais aprofundadamente contribui de fato para se elucidar os crimes praticados. Divagando, será que esta delação premiada não foi instituída para proteger os criminosos? Vejam o caso do doleiro Alberto Youssef, que fez delação no Banestado e na Lava Jato.
É uma pantomima jurídica, onde o canalha sai ileso, sem cadeia, com a sua fortuna mantida, debochando da cara do povo?!
Enquanto estivermos vendo os bandidos acima citados absolutamente donos de suas vidas criminosas, a tal da delação premiada é outra medida para enganar, iludir os incautos e incultos deste país, a meu ver, porque apresenta vantagens e desvantagens.
18 de janeiro de 2017
Francisco Bendl
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