"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ISSO É UM PORRE BRABO, ANTES DE CURAR A RESSACA...

O RETORNO DE LULA, NA POLE POSITION


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Charge do Iotti, reprodução da Zero Hora
A pedra foi aqui cantada assim que decidido o impeachment de Dilma Rousseff: Lula é candidato em 2018 e lidera a disputa. Para impedi-lo, só cadeia.  A pesquisa do Datafolha, divulgada ontem, revela que o ex-presidente lidera todas as previsões contra os demais cogitados, no primeiro turno. No segundo, Marina Silva teria chances, desde que os concorrentes derrotados fluíssem para ela.
Significam o quê, esses números? Que acima e além do PT, o ex-presidente conta com a maioria do eleitorado menos favorecido economicamente. Muitos, por lembrarem seus dois mandatos de ascensão social das massas. Outros, pelo repúdio à ortodoxia política envolvida na corrupção desenfreada agora exposta na temporada de delações.
INELEGÍVEL – Só tem um jeito de impedir o retorno do Lula: torná-lo inelegível por iniciativa do Ministério Público e dos tribunais. Vai ficando claro tornar-se impossível a formação de uma frente anti-Lula integrada por seus adversários. Agora é cada um por si, no devastado grupo dos políticos. Quando conhecidas todas as delações da Odebrecht, não sobrará pedra sobre pedra. Juntando-se o percentual de 63% de consultados que querem eleições diretas já, ficam evidentes as chances do Lula.
No jornalismo, há uma regra básica: não adianta brigar com a notícia. Pode-se detestar o ex-presidente. Constatar que ele fracassou ao optar pelas elites numa série de ações, começando pela imposição da sucessora. Acreditar numa série de acusações envolvendo apartamentos e sítios. De ter promovido falsas palestras no exterior para facilitar a vida de empreiteiras. E mais o que se pretenda acusar nas atividades de seus filhos.
Mas a notícia, hoje, é que continuando as coisas como vão, o Lula é candidato e ocupa a pole position. Poderá retornar em 2018.

13 de dezembro de 2016
Carlos Chagas

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