"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O ÁPICE DA ESBÓRNIA

 O Padre Judeu, Cavaliere Casanova e o Kappellmeister Mozart


Aparentemente Mozart nunca encontrou o jovem Beethoven, que sonhava ser seu aluno, nem o velho Voltaire, que Mozart chamava de velho maroto, o arqui-inimigo de Deus. 
Mas em 1787 Mozart encontrou Casanova, o explosivo e irritadiço Rocco Siffredi ancião de Veneza, graças a Lorenzo da Ponte, seu co-autor libretista. 
Lorenzo nasceu Judeu, Emanuele Conegliano, mas seu pai se converteu, e Emanuele mudou de nome e acabou sendo ordenado padre católico [logo depois foi banido de Veneza por dirigir um bordel]. Aos 38, já banguela, Lorenzo numa linda manhã de outono em Praga convocou Mozart para a esbórnia. 
Mozart disse para a mulher que ia na esquina comprar um maço de continental sem filtro. Num boteco eles encontraram por acidente Casanova tomando uma 51, pois como sempre estava sem dinheiro, que se juntou a eles. 
Passaram dias na putaria enchendo os cornos de vinho, punch e da melhor pilsener do cosmos. No meio da bebedeira Lorenzo teve um insight. 
Vamos escrever a estória de Casanova, de um pícaro que come todo mundo. 
E assim nasceu uma das melhores óperas de todos os tempos, Don Giovanni. Casanova contribuiu com a aria de Leporello no segundo ato.

13 de dezembro de 2016
in selva brasilis

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