PRESIDENTE E VICE DO TCU E TIAGO CEDRAZ SÃO INVESTIGADOS
Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, do ministro Raimundo Carreiro e do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente da Corte. O motivo é suspeita de corrupção, que surgiu durante investigação que apura tráfico de influência no TCU.
Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, o advogado seria o ‘intermediário’ de repasses para o ministro Raimundo Carreiro. Em delação, Pessoa afirma ter pago R$ 1 milhão a Cedraz, em parcelas de R$ 50 mil. As informações são da Época.
A PF começou a agir após a delação de Pessoa. A investigação descobriu e-mails e ligações consideradas suspeitas. A quebra de sigilo telefônico de Tiago Cedraz apontou 44 ligações do escritório do advogado para o gabinete de Carreiro. Ele era responsável pelo voto no processo de interesse da UTC.
Já para o gabinete do pai foram 186 ligações identificadas, sendo 115 para o chefe de gabinete e outras para três servidoras. Para a PF, essas ligações mostram que a relação do advogado extrapolava o fato de ser filho do presidente da Corte.
O filho de Aroldo Cedraz também fez 49 ligações para a UTC, incluindo Ricardo Pessoa. Para a PF, documentos apreendidos mostram o tráfico de influência de Tiago. Ele chegou a negar que o escritório agiu em algum caso do grupo UTC perante ao Tribunal de Contas da União, mas documentos apontam o contrário.
A PF também investiga se o advogado tem dinheiro no exterior. Documentos apreendidos pela PF de uma agência do Banco do Brasil informariam que valores estariam disponíveis para remessa ao exterior. No início do ano passado, Tiago viajou à Suíça, onde passou três dias.
Segundo a defesa de Tiago Cedraz, houve tratativas com a UTC, mas ‘não prosperaram’, por isso há troca de e-mails, apreendidas pela PF. “Naquela ocasião, o escritório ressaltou que implicaria o impedimento do ministro Aroldo Cedraz, o que, por essa razão, acarretaria na impossibilidade de atuar nos processos do ministro. Diante da impossibilidade de assumir todos os processos no TCU, a UTC decidiu encerrar as tratativas e procurar outro advogado”, diz a defesa em nota.
Segundo a defesa, no entanto, o escritório prestou serviço para analisar o edital da licitação da Eletronuclear, de interesse da UTC. A defesa nega ainda que Cedraz tenha feito ligações a servidores ou que tenha influência nos gabinetes do pai ou de Raimundo Carreiro. A defesa também nega que exista uma conta na Suíça.
O ministro Aroldo Cedraz negou que seja investigado. O ministro Raimundo Carreiro afirmou que já forneceu, antecipadamente, seu sigilo fiscal, bancário e telefônico.
16 de novembro de 2016
diário do poder
A PF, QUE APURA TRÁFICO DE INFLUÊNCIA NO TCU, COMEÇOU A AGIR APÓS A DELAÇÃO DE RICARDO PESSOA, DA UTC |
Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, do ministro Raimundo Carreiro e do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente da Corte. O motivo é suspeita de corrupção, que surgiu durante investigação que apura tráfico de influência no TCU.
Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, o advogado seria o ‘intermediário’ de repasses para o ministro Raimundo Carreiro. Em delação, Pessoa afirma ter pago R$ 1 milhão a Cedraz, em parcelas de R$ 50 mil. As informações são da Época.
A PF começou a agir após a delação de Pessoa. A investigação descobriu e-mails e ligações consideradas suspeitas. A quebra de sigilo telefônico de Tiago Cedraz apontou 44 ligações do escritório do advogado para o gabinete de Carreiro. Ele era responsável pelo voto no processo de interesse da UTC.
Já para o gabinete do pai foram 186 ligações identificadas, sendo 115 para o chefe de gabinete e outras para três servidoras. Para a PF, essas ligações mostram que a relação do advogado extrapolava o fato de ser filho do presidente da Corte.
O filho de Aroldo Cedraz também fez 49 ligações para a UTC, incluindo Ricardo Pessoa. Para a PF, documentos apreendidos mostram o tráfico de influência de Tiago. Ele chegou a negar que o escritório agiu em algum caso do grupo UTC perante ao Tribunal de Contas da União, mas documentos apontam o contrário.
A PF também investiga se o advogado tem dinheiro no exterior. Documentos apreendidos pela PF de uma agência do Banco do Brasil informariam que valores estariam disponíveis para remessa ao exterior. No início do ano passado, Tiago viajou à Suíça, onde passou três dias.
Segundo a defesa de Tiago Cedraz, houve tratativas com a UTC, mas ‘não prosperaram’, por isso há troca de e-mails, apreendidas pela PF. “Naquela ocasião, o escritório ressaltou que implicaria o impedimento do ministro Aroldo Cedraz, o que, por essa razão, acarretaria na impossibilidade de atuar nos processos do ministro. Diante da impossibilidade de assumir todos os processos no TCU, a UTC decidiu encerrar as tratativas e procurar outro advogado”, diz a defesa em nota.
Segundo a defesa, no entanto, o escritório prestou serviço para analisar o edital da licitação da Eletronuclear, de interesse da UTC. A defesa nega ainda que Cedraz tenha feito ligações a servidores ou que tenha influência nos gabinetes do pai ou de Raimundo Carreiro. A defesa também nega que exista uma conta na Suíça.
O ministro Aroldo Cedraz negou que seja investigado. O ministro Raimundo Carreiro afirmou que já forneceu, antecipadamente, seu sigilo fiscal, bancário e telefônico.
16 de novembro de 2016
diário do poder
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