"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de novembro de 2016

ASSEMBLÉIA DE ESTUDANTES NÃO TEM PODER LEGAL (NEM LEGITIMIDADE)

ASSEMBLÉIA DE ESTUDANTES NÃO TEM PODER LEGAL (E NEM LEGITIMIDADE) PARA DETERMINAR NADA RELACIONADO A ESCOLA, OU UNIVERSIDADE, OU EM RELAÇÃO A OUTROS ALUNOS.

Vamos deixar uma coisa clara: assembleia de alunos não é um instrumento legal para determinar coisa alguma. Não existe determinação constitucional, não existe determinação infraconstitucional, não existe lei alguma que de poder a assembleias de alunos de determinarem o que quer que seja em relação ao patrim
ônio público.

Me espanta ver jornalistas, conselhos tutelares, e ministério público, entre outras autoridades, tratando com jovens invasores como se esses tivessem legalidade para determinar a invasão da coisa publica. Uma proposta aprovada por uma assembleia de alunos não tem validade legal, e não pode obrigar alunos contrários a coisa alguma. Se a assembleia de alunos decidir que irá entrar em greve isso não pode obrigar outros alunos a deixar de assistir aulas. O motivo é simples: a assembleia de alunos não tem poder legal para determinar isso. Se a assembleia de alunos decidir pela invasão da reitoria, invadir a reitoria continua sendo crime! E os responsáveis continuam sendo passíveis de responsabilização criminal.

Mas e quanto a legitimidade? Será que uma assembléia de alunos seria legítima para determinar invasões e greves? A resposta é igualmente negativa. Todo aluno tem o direito constitucional a educação, pouco importa se a proposta de greve foi aprovada pela maioria dos alunos. E sejamos francos, as atuais assembleias de alunos mal ouvem 1% dos alunos da escola (ou da universidade). Você realmente acha que menos de 1% dos alunos tem legitimidade para determinar os rumos dos outros 99%? E, reforço, mesmo que a esmagadora maioria dos alunos comparecesse nas assembleias e votasse pela greve (ou invasão), a greve (e a invasão) continuariam ilegítimos. Isso ocorre pois o indiviíduo tem o direito de estudar, nenhuma assembleia que lhe retire tal direito pode ser legítima (mesmo que seja apoiada pela grande maioria). A legitimidade de um movimento depende de seus princípios, e no que se refere a estudantes o princípio máximo refere-se ao direito de estudar. Nada que impeça um estudante de estudar pode ser um movimento legítimo de estudantes.



06 de novembro de 2016
Adolfo Sachsida

Nenhum comentário:

Postar um comentário