Ele “recomenda” a saída do juiz e também da força-tarefa da Lava Jato. |
Devemos reconhecer: eles não desistem. Isso seria um dado positivo, vá lá, ao menos do ponto de vista da perseverança. Mas é ainda assim algo péssimo porque a não-desistência se dá pela repetição de métodos já comprovadamente equivocados.
Pouco antes do impeachment, tentaram emplacar a lenga-lenga de que a mídia internacional estaria contra, que consideraria um “golpe” etc. Tudo lorota, é claro. E agora tentam repetir a dose, mas de uma forma mais sofisticada.
Trata-se de John Comaroff, sul-africano da Cidade do Cabo e professor em Harvard, que estaria sendo consultado pela defesa de Lula acerca do conceito de “lawfare”, tema do qual seria especialista. Em suma, seria o uso do próprio sistema jurídico para a perseguição pessoal de algum inimigo. Pois é, já sabemos onde isso vai dar. Sim, sim, pelas tantas ele “recomenda” até mesmo que Sergio Moro seja afastado.
O problema é que Comaroff é um antropólogo, não jurista. Na universidade, ele é especialista em antropologia africana, algo definitivamente complexo e louvável, mas ainda assim sem qualquer paralelo com o ordenamento jurídico brasileiro.
Claro que parte de nossa mídia endossará os dizeres do dito cujo como se fossem verdades e também é claro que esses dizeres estão longe de valer alguma coisa na prática do nosso Direito. Mas, enfim, vão fazer de conta que é tudo uma maravilha, pois é um PROFESSOR DE HARVARD. Aliás, incrível como a esquerda a um só tempo considera desnecessário um diploma de universidade para dirigir um país, mas fundamental na hora de assinar um artigo ou dar uma entrevista…
Enfim, eles não desistem. A parte boa é que nós também não desistimos e cá estamos demonstrando as narrativas furadas sempre que aparecem.
06 de novembro de 2016
implicante
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