"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 4 de março de 2016

APANHADOS DE SURPRESA, ADVOGADOS ABANDONAM DEFESA DE DELCÍDIO



Gilson Dipp diz que não sabia da delação

























Os advogados de Delcídio Amaral (PT-MS) no processo a que ele responde no Senado, Gilson Dipp e Luís Henrique Machado, protocolaram nesta manhã a renúncia da defesa do senador no Conselho de Ética. “Já está protocolada no Conselho de Ética a renúncia irrevogável. Renunciei por motivo de foro íntimo”, afirmou ao Estadão.
“Nós tínhamos uma estratégia de defesa que não tinha nada a ver com delação. Fomos surpreendidos pelos fatos trazidos pela imprensa. Portanto, a relação de confiança entre advogado e cliente foi quebrada”, afirma Luís Henrique Machado.
Como adiantou o Estadão ontem, Dipp, que coordena a defesa de Delcídio no Senado, não sabia da existência de uma delação premiada do senador e não foi notificado pelos advogados que respondem pela defesa do senador no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele demonstrou incômodo por receber a notícia pela imprensa.
SERIA INGENUIDADE…
Machado disse que não conversou com Delcídio sobre a delação. “Mas seria ingenuidade achar que os dados divulgados pela imprensa são factoides”, avaliou. Dipp também afirmou que, mesmo após a delação vir à tona, ele não foi procurado pela equipe de Delcídio. “Nunca me procuraram. Ninguém me procurou e não vão procurar.”
Gilson Dipp evitou falar sobre as implicações da delação na defesa de Delcídio. “Eu não quero falar porque, até pouco tempo, eu o defendia no Conselho de Ética. Aquela defesa no Senado está ultrapassada. Mas agora as consequências são outras, que também não me interessam”, afirmou Dipp.

04 de março de 2016
Isabela Bonfim e Adriano Ceolin
Estadão

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