Santana é uma espécie de 40º ministro de Dilma
A Polícia Federal iniciou na manhã desta segunda-feira (22) a 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Há uma equipe da PF fazendo busca e apreensão no apartamento do publicitário João Santana, num prédio no Corredor da Vitória, em bairro nobre em Salvador. Santana foi o marqueteiro responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).
As diligências estão sendo realizadas pela PF em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Salvador. Uma advogada da empreiteira Odebrecht confirmou que a empresa é alvo de busca em São Paulo. A construtora é uma das investigadas na operação e seus executivos foram acusados de pagar R$ 138 milhões em propina para ser contratada em oito obras da Petrobras Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente da Odebrecht, foi preso em junho do ano passado e é um dos poucos empresários denunciados permanece atrás das grades.
A Operação Lava Jato é a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. Ela começou investigando uma rede de doleiros que atuavam em vários Estados e descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção, envolvendo políticos de vários partidos e as maiores empreiteiras do país.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O juiz Sérgio Moro, segundo o Estadão, decretou a prisão preventiva do marqueteiro. Na semana passada, os advogados Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez, que defendem o casal João e Mônica Santana, que são sócios, protocolou uma petição ao juiz federal Sergio Moro, no qual informava que seus clientes prestariam depoimentos tão logo fossem convocados pela Vara Federal responsável pela Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Foi uma reação ao despacho do juiz, que negou a Santana acesso ao inquérito sobre pagamentos da empreiteira Odebrecht supostamente feitos a ele, além dos R$ 88,9 milhões que o PT oficialmente pagou ao marqueteiro pela campanha. No despacho, Moro disse que a abertura dos dados ao publicitário poderia pôr em risco o rastreamento de recursos financeiros ou mesmo levar à destruição de provas. E fez ironia: “Foram instauradas investigações que ainda tramitam em sigilo. Medida como rastreamento financeiro demanda para sua eficácia sigilo sob risco de dissipação dos registros ou dos ativos. Como diz o ditado, dinheiro tem coração de coelho e patas de lebre”, escreveu o juiz, sabedor que a Polícia Federal estava preparando a nova Operação, cujo nome ainda não foi revelado. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O juiz Sérgio Moro, segundo o Estadão, decretou a prisão preventiva do marqueteiro. Na semana passada, os advogados Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez, que defendem o casal João e Mônica Santana, que são sócios, protocolou uma petição ao juiz federal Sergio Moro, no qual informava que seus clientes prestariam depoimentos tão logo fossem convocados pela Vara Federal responsável pela Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Foi uma reação ao despacho do juiz, que negou a Santana acesso ao inquérito sobre pagamentos da empreiteira Odebrecht supostamente feitos a ele, além dos R$ 88,9 milhões que o PT oficialmente pagou ao marqueteiro pela campanha. No despacho, Moro disse que a abertura dos dados ao publicitário poderia pôr em risco o rastreamento de recursos financeiros ou mesmo levar à destruição de provas. E fez ironia: “Foram instauradas investigações que ainda tramitam em sigilo. Medida como rastreamento financeiro demanda para sua eficácia sigilo sob risco de dissipação dos registros ou dos ativos. Como diz o ditado, dinheiro tem coração de coelho e patas de lebre”, escreveu o juiz, sabedor que a Polícia Federal estava preparando a nova Operação, cujo nome ainda não foi revelado. (C.N.)
22 de fevereiro de 2016
Flávio Ferreira
Folha
Folha
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