"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

FOI SÓ FALAR EM ROSEMARY E A AMANTE DE FHC LOGO REAPARECEU...


A imprensa tentou esconder o romance, mas sempre saíam notícias
















Parece até brincadeira. Foi só a Tribuna da Internet lançar uma série de matérias sobre Rosemary Nóvoa de Noronha e seu prolongado relacionamento com o ex-presidente Lula, entre 1993 e 2012 (pelo menos…), e de repente, como dizia Vinicius de Moraes, não mais que de repente, reapareceu em cena com espalhafato total a antiga jornalista Mirian Dutra, repórter da TV Globo durante 35 anos, que somente agora decidiu revelar os bastidores de seu também tumultuado romance com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
COINCIDÊNCIAS EXISTEM
Como se vê, coincidências realmente existem. A explosiva entrevista de Mirian Dutra à repórter Fernanda Sampaio, editora da revista “Brazil com Z” (publicação mensal, distribuída gratuitamente aos brasileiros que moram na Espanha), ocorreu justamente quando aqui no Brasil  se aguarda com ansiedade a divulgação dos gastos de Rosemary com o cartão corporativo concedido pelo amante presidencial, que no período de apenas dois anos e meio ela acompanhou em 34 viagens ao exterior, sempre na ausência da primeira-dama Marisa Letícia, é claro.
O estardalhaço que imediatamente cercou as confissões da repórter Mirian Dutra veio sob medida, na hora certa, como se o fato de o príncipe dos sociólogos ter tido múltiplos casos extraconjugais pudesse isentar o líder dos metalúrgicos de fazer pior, que é sustentar a segunda-dama com recursos públicos, concedendo-lhe um emprego sem trabalho, com diárias de viagem em dólar, cartão de crédito internacional, automóvel chapa branca, motorista e assessores, e ainda arranjar empregos bem remunerados para o ex-marido Luiz Claudio Noronha e a filha Mirelle, que só um teste de DNA pode demonstrar se é ou não filha do Lula.
UMA ENTREVISTA PICANTE
A entrevista da ex-repórter da TV Globo, concedida em janeiro e publicada agora, foi transcrita com perguntas e respostas. Traz revelações realmente sensacionais, em meio a outras informações contraditórias e algumas claramente distorcidas, como o relacionamento dela com a TV Globo.
Nesta semana, Mirian Dutra falou por telefone também com a Folha, para repetir que não acredita nos testes de DNA que descartaram a possibilidade de o jovem Tomás Dutra Schmidt ser realmente filho de Fernando Henrique Cardoso.
Embora FHC tenha reconhecido Tomás em 2009, exames de DNA feitos no Brasil e nos EUA revelaram que ele não é filho do tucano. “Eu acho que é mentira, porque eu só vi um documento, mas todo mundo pode enganar com um DNA”, alega Mirian, que parece uma nova versão de Soninha Toda Pura, já que, depois de seis anos em companhia do sociólogo, diz que resolveu se fechar em copas, como se dizia antigamente, e nunca mais teve relacionamento amoroso, estes anos todos.
O fato é que, nas entrevistas, a ex-repórter da Globo desceu a detalhes íntimos e sórdidos, admitindo ter feito dois abortos bancados por FHC, antes de engravidar pela terceira vez. “Ele pagou. Pagou por dois abortos. Eu não queria ter outro filho, eu tinha minha filha, estava muito feliz. Nunca pude tomar pílula, colocar DIU [método intrauterino], porque tenho um problema de rejeição absoluta a hormônio que venha de fora. Ele sabia disso”, disse à Folha a jornalista, que fez também duras críticas à TV Globo, emissora que a manteve sob contrato por 35 anos consecutivos.
O QUE SE SABIA SOBRE O CASO
Sem entrar em teorias conspiratórias que atribuem ao ex-ministro Franklin Campos a ideia de Mirian Dutra dar a estratégica entrevista, prefiro relatar duas ou três coisas que se sabia dela em Brasília, na época do romance com FHC.
Eu a conheci no bar do famoso Florentino, reduto dos políticos e autoridades na chamada Nova República. Tratava-se de um ponto masculinizado, poucas mulheres apareciam, era mais comum encontrá-las na área reservada ao restaurante. Mirian Dutra aparecia de vez em quando e frequentava nossa mesa, que era comandada pelo jornalista mineiro Toninho Drummond, diretor da TV Globo em Brasília até junho de 2012. Toninho era grande amigo de Tancredo Neves e até conseguiu que eu entrevistasse a inacessível dona Antônia Gonçalves Araújo, a secretária particular e segunda-dama do político mineiro. Fiz a matéria, entrevistei também Aécio Neves, deputado estreante, a reportagem foi capa da “Manchete”, mas isso é uma outra história que também envolve amantes de ex-presidentes.
A TV GLOBO SEGUROU A ONDA
O fato é que Mirian Dutra era bonita e antipática, extremamente vaidosa, neste particular combinava totalmente com seu companheiro FHC, nasceram um para o outro. Quando foi para a Europa e corria nos bastidores a notícia do romance proibido, ficamos sabendo que FHC conseguira com a TV Globo que ela fosse morar lá, ganhando em dólar, e nem precisava trabalhar. Foi exatamente o que aconteceu, a baixíssima produtividade dela na Espanha demonstra cabalmente esta realidade.
Voltando à entrevista da “Brazil com Z”, Mirian Dutra fala mal da Globo com uma ferocidade inaudita, parece ter sido escravizada e exilada esses anos todos, quando a realidade era justamente o contrário, era sabido que a emissora a sustentava para agradar a FHC, apenas isso. Essa revolta contra a empresa, somente agora revelada, após a demissão, mostra que não se pode levar a sério todas as suas denúncias. Algumas têm fundamento; outras, não. Ela só resolveu falar depois que perdeu a boca rica, em dólar. De toda forma, o assunto é apaixonante e vamos voltar a ele.

20 de fevereiro de 2016
Carlos Newton

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