"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 10 de janeiro de 2016

PIOR NÃO FICA? FICA SIM...



http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,black-blocs-enfrentam-pm-e-depredam-o-centro-em-ato-contra-tarifa,10000006572 - Nilton Fukuda/Estadão
São Paulo voltou à rotina de sempre, com black blocs nas ruas
















Espontânea não terá sido a manifestação, no meio do povo, de um bando de agitadores na Avenida Paulista, sexta-feira, contra o aumento no preço das passagens de ônibus. Nem no centro do Rio, na mesma hora. Nas duas cidades, a Polícia Militar entrou e exagerou, mas teve razão, pois os meliantes apresentaram-se paramentados, com máscaras, mochilas e petardos variados, depredando ônibus e intranquilizando quem estava na rua.
Uma semana depois do ano começar, reinaugura-se a temporada da baderna, com óbvios riscos para a paz pública, aliás, em clima de guerra. Feridos, alguns, presos outros, logo depois postos em liberdade. 2016 chegou mostrando como vai desenrolar-se. Aumentos para todo lado, sem que o governo demonstre a menor intenção de segurar os preços. Pelo contrário, tudo permanece subindo. Combustíveis, água, luz, telefones, gás, impostos, taxas, serviços, educação e saúde públicas tem seus custos subindo rotineiramente, ao tempo em que os salários, se crescem, é muito menos.
A previsão parece pela continuidade dos protestos,   com presença cada vez maior de manifestantes nas ruas, situação que apenas multiplicará a intranquilidade. Recente entrevista de Madame e de alguns de seus ministros serviu como baldes de água fria nas expectativas de mudanças em prol do crescimento econômico e da normalidade institucional. Pelo contrário, acirram-se os ânimos.
ATÉ DEZEMBRO…
A pergunta que se faz é se chegaremos a dezembro debaixo de um sufoco ainda maior, com o desemprego crescendo paralelo ao custo de vida e a perspectiva de nada mudar em 2017 e 2018. A resposta só faz elevar a apreensão e o inconformismo. Não dá para levar mais três anos assim.
Por isso, será inevitável, no mínimo, o desgaste dos detentores do poder, melhor dizendo, do PT e penduricalhos, junto com o desembarque do PMDB e afins. Não haverá como evitar a antecipação do processo sucessório, isso se não sobrevierem inusitados. Os candidatos tidos como ortodoxos, tipo Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Michel Temer e sucedâneos, mais o Lula, Marina Silva, Ciro Gomes e outros, pouco ou nada apresentam de novo. Pior não fica? Fica sim…

10 de janeiro de 2016
Carlos Chagas

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