"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

OLAVO: CENSURA NO FACEBOOK, APOIO A BOLSONARO E ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES



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Desde que manifestei, não digo sequer uma adesão formal, mas alguma simpatia pela candidatura Jair Bolsonaro à presidência da República, coisas estranhas começaram a acontecer no Facebook:

Desde logo, tornou-se mais intenso e visível o procedimento-padrão da quadrilha de difamadores e caluniadores que não me deixam em paz desde os tempos do Orkut: tão logo alguém publique qualquer acusação contra mim, juntam-se em bandos para dar-lhe apoio coletivo, negando aos meus amigos, alunos e leitores o direito de retrucar individualmente ou em grupo, que de imediato lhes vale o rótulo de “fanáticos idólatras”, “teleguiados” e outros semelhantes.
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Quando denunciei o ardil em termos que não deixavam margem a dúvidas quanto à regularidade e constância do procedimento, minha página no Facebook foi imediatamente bloqueada, sob o pretexto claramente artificioso de uma foto publicada um ano atrás. A foto, fazendo gozação com a crise econômica, mostrava duas moças (vestidas) com um cartaz à beira da estrada: “Pague uma e coma duas.” Coisa realmente de uma obscenidade fora do comum, capaz de escandalizar o Maníaco do Parque, o Champinha e a comunidade pedófila internacional, talvez até uns ministros do governo. 
Como então eu passasse a usar a conta da minha esposa, Roxane, para enviar mensagens à minha Fan-Page e não ficar totalmente desprovido de meios de defesa, a resposta não demorou: desde logo, um adepto – não sei se militante -- do MBL, Cassiano Tirapani, começou a me caluniar da maneira mais torpe. Além de repetir os chavões já bem conhecidos (“chefe de seita”, etc.), ele me acusava também de coletar informações sobre a vida íntima dos meus alunos para mantê-los sob controle mediante ameaça de chantagem.

Desmascarado o jogo sujo, graças à intervenção dos próprios alunos do Curso Online de Filosofia que na página mesma do sr. Tirapani desmentiam a acusação, a conta da Roxane foi bloqueada também, sob a desculpa de que era “inadequado” xingar o caluniador em vez de tratá-lo com o respeito devido a criatura tão nobre e santa.

É inútil esbravejar contra o Facebook. Os bloqueios acontecem automaticamente quando a empresa recebe denúncias em massa. A responsabilidade do fechamento incumbe, com toda a evidência, à militância organizada em torno do sr. Tirapani, erguido por essa mimosa comunidade à condição de bola da vez – a enésima encarnação do líder salvador, do santo guerreiro incumbido de eliminar o dragão da maldade, o execrável Olavo de Carvalho.

O próprio sr. Tirapani parece ter-se persuadido da missão sublime à qual os céus o convocaram, como se vê pela sua foto em trajes heróicos de cavaleiro andante, que ele mesmo publicou na sua página com exibicionismo histriônico digno de um folião em concurso de fantasias.

O papel que o destino lhe reservou, no entanto, parece um pouco diferente.

Esquerdista até 2013, segundo ele mesmo confessa, converteu-se depois não só à direita, mas ao “olavismo” mais extremado e devoto, desfilando numa passeata com o cartaz “Olavo tem razão”, e, mal assentada a poeira de tão radical transformação interior, embarcando logo em seguida na onda do anti-olavismo mais odiento e caluniador.

Se ele foi sincero nessas trocas de camiseta, a velocidade mesma com que elas se sucederam e o entusiasmo belicoso com que ele aderiu ao pró e ao contra já bastariam para evidenciar que se trata de uma personalidade instável, imatura e indigna de confiança.

Porém um exame da foto em que ele posa de olavista devoto na passeata de março de 2015 mostra-o na atitude exagerada e teatral de alguém que não expressa um sentimento genuíno, mas desempenha um papel premeditado. Muito provavelmente o seu olavismo temporário nada mais foi que uma encenação destinada a encobrir antecipadamente com um verniz de confiabilidade os futuros ataques caluniosos que ele já planejava desferir contra mim. Neste caso, não se trata de uma personalidade neurótica e vacilante, mas de uma personalidade psicopática, amoral, fria e calculista. 


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Qualquer que seja o caso, a esta altura a existência de uma campanha organizada de assassinato de reputação voltada contra a minha pessoa já se mostra como um fato patente e inegável. 

Que essa campanha tenha se intensificado após as minhas expressões de simpatia ao deputado Jair Bolsonaro parece indicar uma fonte política bem definida – o que não impede que um ou outro desafeto individual vindo de outras épocas e de índole ideológica diversa – colhido entre anti-semitas, russófilos, tradicionalistas fanáticos etc. --, preste à campanha umas ajudinhas ocasionais, sem ter a menor idéia de a quem serve com isso.

Olavo de Carvalho

28 de janeiro de 2016

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