"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

POR QUE PADRES E PASTORES SEMPRE DETESTARAM A REENCARNAÇÃO?



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Muitos padres e pastores acreditam e querem que a salvação dos seus fiéis tem que passar por eles, o que não é novidade, pois eles, como todos nós, são seres humanos ainda muito imperfeitos e, portanto, egoísticos.
Assim, apesar de os líderes religiosos falarem muito na doutrina paulina da graça, segundo a qual a salvação nos é dada de graça, eles dão a entender que seus fiéis têm que estar unidos a eles, sem o que não haveria salvação. Daí que muitos dizimistas dão-lhes vultosos valores em dinheiro e em outros bens materiais para conseguir ficar bem com eles, o que, psicologicamente, faz os fiéis se sentirem falsamente seguros diante de Deus e até com certa tranquilidade para adquirirem a salvação, como se ela pudesse ser comprada com o dízimo!
Até que é bom estarmos bem e em paz com todo mundo. A nossa evolução espiritual e moral leva-nos para essa paz e harmonia com todas as pessoas, inclusive com os líderes religiosos. Jesus foi enviado por Deus ao nosso mundo, exatamente, para trazer para nós o Evangelho, que é um manual de regras que nos ensina como podemos acelerar a concretização da nossa harmonia com Deus, com todas as pessoas e com todos os seres vivos do universo, harmonia essa que torna realidade a nossa felicidade.
E a base dessa harmonia, não só no cristianismo, mas em todas as religiões, está nessa convivência pacífica e amorosa não só com os padres e pastores, mas com todos os nossos semelhantes. E essa harmonia com todos se transforma em bem para nós mesmos, pois colhemos o que semeamos. O Mestre dos mestres diz que a cada um será dado de acordo com suas obras.
CÉU E INFERNO
Não existem um céu e um inferno estáticos, geográficos e sempiternos. Uso no plural esse adjetivo “sempiternos” porque é ele que, verdadeiramente, significa “para sempre”. Realmente, eterno (“aionios”, em grego) tem o sentido de tempo indeterminado, indefinido, e não de “para sempre” como entrou em nossa língua portuguesa e outras. E um ensino de Jesus deixa-nos, também, claro, que não existem mesmo essas penas “sempiternas” ou sem fim: “Ninguém deixará de pagar até o último centavo” (Mateus 5: 26). Quando, pois, estivermos quites com os nossos débitos cármicos, não vamos pagar mais nada, o que joga por terra totalmente as penas sempiternas.
Como todos nós sabemos, o cristianismo tomou outros rumos bem diferentes daqueles do tempo dos apóstolos e das primeiras gerações cristãs. Ele passou a ensinar outras “verdades”, que foram impostas pela força. E a função dos líderes religiosos transformou-se numa profissão, às vezes, até muito rendosa. A exceção está com os líderes espíritas, que procuram reviver aquele cristianismo primitivo. E um detalhe: Enquanto os líderes religiosos, como vimos, têm na religião seu ganha-pão, os líderes espíritas são voluntários, não vivendo da sua religião, mas para a sua religião, o que incomoda muito os outros líderes religiosos. E é por isso que o espiritismo é a religião mais atacada, mais difamada e a mais caluniada!
E do espiritismo, o que mais incomoda os padres e pastores é a reencarnação, que é de fato uma grande verdade evangélica ocultada por eles durante séculos, a qual até conta com o aval de vários segmentos científicos. Ademais, sem ela, seria falsa a tão decantada misericórdia infinita de Deus!

01 de junho de 2015
José Reis Chaves
O Tempo

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