"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

MUJICA REVELA EM LIVRO CONFISSÃO DE LULA SOBRE O MENSALÃO


A CONFISSÃO FOI DESCRITA EM LIVRO DO URUGUAIO JOSÉ MUJICA


A CONFISSÃO DE LULA AO AMIGO URUGUAIO 
JOSÉ MUJICA DURANTE UM ENCONTRO, EM 2010. 
(FOTO: RICARDO STUCKERT)


O ex-presidente Lula confessou ao seu colega uruguaio José Mujica a prática de corrupção em seu governo. A revelação está contida no livro-reportagem “Una oveja negra al poder” (Uma ovelha negra no poder), escrito pelos jornalistas uruguaios Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, que conta os cinco anos do governo de Mujica. A confissão - que teve testemunha - teria feito em 2010, segundo relato da jornalista Cristina Tardáguila,em reportagem para o jornal O Globo.

Mujica conta no livro que certa vez conversava com Lula quando passaram a falar sobre o escândalo do mensalão, que consistia na compra de apoio político. A certa altura, segundo o uruguaio, Lula afirmou que aquela era “a única forma de governar o Brasil”. Gentil com o brasileiro, Mujica afirmou que Lula "viveu esse episódio (do mensalão) com angústia e um pouco de culpa”.

“Segundo Mujica, quando o assunto veio à tona, numa reunião em Brasília nos primeiros meses de 2010, Lula lhe teria dito textualmente: “Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais, chantagens”. Para logo em seguida, emendar: “Essa era a única forma de governar o Brasil”. Segundo Mujica, o ex-vice-presidente uruguaio Danilo Astori estava na sala e também ouviu a “confissão” do petista.

Lula sempre negou saber do escândalo do mensalão. Em agosto de 2005, pouco depois de o caso vir à tona, ele se disse “traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tivera conhecimento” e que estava “tão ou mais indignado do que qualquer brasileiro” diante do episódio. Depois, passou a afirmar que a existência do esquema nunca havia sido comprovada e que seus colegas de partido tiveram um julgamento político no Supremo Tribunal Federal (STF).

Procurado no fim da tarde desta quinta-feira pelo jornal O Globo, para comentar o conteúdo do livro, o Instituto Lula informou que não teria “como encaminhar um comentário a essa hora”.

Danza e Tulbovitz, editor-geral e repórter de uma das revistas semanais mais respeitadas do Uruguai, acompanham a carreira de Mujica desde 1998. Viram-no ser eleito deputado e senador, se transformar em ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, e, depois, em presidente.

— São 17 anos de convivência com encontros pessoais semanais — contou Danza. — Quando ele assumiu a Presidência, no dia 1º de março de 2010, começamos a fazer registros oficiais da Presidência e combinamos que só publicaríamos esse material depois que ele deixasse o cargo. Todas as conversas estão gravadas.


08 de maio de 2015
diário do poder

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