"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 4 de março de 2015

DELATOR AFIRMA QUE PROPINA PARA RENAN "FUROU" TETO DE 3% - DIZ JORNAL

Em delação premiada, Paulo Roberto Costa afirmou que o pagamento enviado ao PMDB excedeu a cota para que 'fosse incluído um valor para Renan'

Renan Calheiros (PMDB-AL) em sessão do Congresso Nacional, nesta quarta-feira (03)
Renan Calheiros (PMDB-AL) em sessão do Congresso Nacional,
nesta quarta-feira (03)(Ueslei Marcelino/Reuters)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu propina em contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandado na época por Paulo Roberto Costa, segundo a Agência Estado. De acordo com o portal do jornal O Estado de S. Paulo, os pagamentos feitos ao peemedebista excederam o teto da cota repassada aos partidos PT, PMDB e PP, responsáveis por indicar o nome dos diretores da estatal. Em sua delação premiada, Costa explicou que a propina ultrapassou os 3% para que "fosse incluído um valor para Renan".

Segundo o delator, o "interlocutor" das relações entre Renan e Paulo Roberto Costa era o deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE), antigo aliado da família Calheiros, que foi prefeito da cidade cearende de Aracaú. Gomes, inclusive, chegou a contratar como assessor de gabinete o filho mais novo de Renan, Rodrigo Rodrigues Calheiros.

Entre 2007 e 2008, o representante de Renan teria procurado Paulo Roberto Costa para pedir que a Petrobras "passasse a contratar uma empresa, a Serveng-Civilsan". O Grupo Serveg, que trabalha nas áreas de energia, mineração, engenharia e construção, firmou contrato com a estatal para realizar as obras da Refinaria Premium I, avaliada em 20 bilhões de reais, na cidade maranhense de Bacabeira.
Segundo a reportagem, as obras da refinaria, considerada uma das maiores da Petrobras, estavam paralisadas, tanto que o governador do Maranhão, Flácio Dino (PC do B), pediu no mês passado à presidente Dilma Rousseff (PT) que desse o aval para retomada das obras.

Em resposta às denúncias, o presidente do Senado afirmou nesta quarta-feira que "não tem absolutamente nada a ver com isso" e que não foi informado sobre o seu nome estar na lista de políticos enrolados no petrolão. "Até o momento não sabemos de absolutamente nada. Não fomos informados por ninguém. Feliz da democracia que permite o questionamento dos homens públicos.
Questionar homens públicos é uma coisa democrática. Eu não tenho nada, absolutamente nada com isso. Qualquer eventual citação, se houver, com relação a mim, ela será de terceiros, indireta. Estou aguardando que haja o questionamento para que eu possa dar as respostas, e se me fizerem eu estarei pronto para dar as respostas à luz do dia", disse o presidente do Senado.

04 de março de 2015
Veja online

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