"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

MALUFAR JÁ FOI CRIME

O verbo malufar está definitivamente desmoralizado. Foi reduzido a pó. Perto do megaesquema de corrupção montado para roubar a Petrobras, as maracutaias atribuídas ao neocompanheiro, e que deram origem ao termo, parecem hoje café pequeno.
Nunca antes na história deste país, políticos inescrupulosos zombaram tanto da inteligência alheia.

Imagine o ladrão cara de pau que rouba o leite das crianças e depois convoca a própria quadrilha para uma manifestação em defesa da creche assaltada? Ou o cinismo do bandido que, uma vez descoberto, invoca, em defesa própria, a existência da corrupção no Brasil desde o descobrimento? "Ora, a elite já rouba faz mais de 500 anos", argumenta.

Logo, a saída não pode ser a prisão dos "guerreiros do povo brasileiro". Pôr na cadeia a turma "que rouba, mas distribui" é coisa da "mídia golpista". Como a "esquerda" de Dilma, Lula, Temer, Renan e Maluf tem maioria no Congresso, a ordem é investigar tudo desde a chegada das caravelas e passar o Brasil a limpo.

Igual ao que o PT pregava (e nunca fez) antes de chegar ao poder. Bons tempos aqueles em que malufar ainda era crime.

Hoje, crime é ser contra a sangria da companheirada aos cofres públicos. Afinal, na literatura que faz a cabeça dos "progressistas" reza que, para alcançar a "revolução" redentora, "os fins justificam os meios".

Não à toa, boa parte dessa gente idolatra o obscurantismo jihadista do Estado Islâmico. Principalmente quando fuzila, incinera ou corta cabeças de defensores da tal liberdade de expressão, esse mi-mi-mi "pequeno burguês" que é um dos pilares da democracia.
 
28 de fevereiro de 2015
Plácido Fernandes Vieira, Correio Braziliense

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