"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 17 de janeiro de 2015

AFINAL, QUEM TEM RAZÃO?

Dilma Rousseff (Foto: Marcelo Camargo / ABr)
Dilma Rousseff (Imagem: Marcelo Camargo / ABr)
Dilma acusa Cerveró, que acusa Dilma. Ambos têm razão!
 
Dilma, que chamou de tecnicamente “falho” o parecer de Nestor Cerveró, na época diretor da área internacional da Petrobras, sobre a compra da refinaria Pasadena, no Texas, Estados Unidos?
Ou Cerveró, que chamou de “negligente” a decisão do Conselho de Administração da Petrobras, presidido na época por Dilma, favorável à compra da refinaria?

Tudo indica que os dois têm razão. E deveriam ser processados.
Em 2006, a Petrobras pagou ao grupo belga Astra Oil 360 milhões de dólares por 50% da refinaria Pasadena. Dois anos depois, comprou os outros 50%.

Ao todo, Pasadena acabou custando 1,18 bilhão de dólares à Petrobras, mais de 27 vezes o que a Astra originalmente desembolsou por ela.

Foi “o negócio do século” para a empresa belga, segundo os jornais de economia daquele país. Para a Petrobras foi um desastre. Não só pelo que ela desembolsou. Mas porque a refinaria estava repleta de problemas.

Tinha pouco menos de três páginas o parecer de Cerveró no qual se baseou o Conselho de Administração da Petrobras para autorizar a compra de Pasadena.
Dilma alega que Cerveró omitiu duas cláusulas do contrato. Cerveró alega que o Conselho de Administração poderia ter requisitado todas as informações que desejasse para amparar a sua decisão.
Não requisitou por que não quis. Foi negligente.

O Tribunal de Contas da União livrou Dilma de qualquer culpa, bem como Graça Foster, presidente da Petrobras. Culpou parte da diretoria da empresa, Cerveró incluído.
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que negociou com a Polícia Federal a delação premiada, disse que Cerveró recebeu propina pela compra de Pasadena.
Mais cedo ou mais tarde se conhecerá a opinião do juiz Sérgio Moro a respeito.


17 de janeiro de 2015
in Ricardo noblat

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