Acusações recíprocas, partidárias e apartidárias, são desfechadas por todos os lados. Acusações daqui e de lá. Uns dizem que foi o prejuízo de trilhão. Outros se referem ao problema da venda de trens que também trouxe um superfaturamento.
Técnica e diretamente conseguiram destruir o mercado de capitais. Uma crise que se reporta ao ano de 1973 com a quebradeira geral. Haveria alguma diferença ou simplesmente o tempo dirá o contrário. Não há como se distanciar dos fatos. Um verdadeiro espetáculo detox do mercado de ações cometido por todos os culpados dos desvios do uso de empreiteiras dos ganhos ilícitos do superfaturamento.
A sociedade sem reação parece não acreditar e enquanto isso nada se altera no sentido de uma reviravolta para o afastamento completo dos responsáveis, prisões e mais repatriação do valores desviados. A crise do Bric é grave. Os países começam a mostrar sinais de apatia, fragilidade econômica e com isso pipocam graves problemas sociais com a redução dos postos de emprego e uma descaracterização dos avanços e estabilidade da moeda da década considerada perdida.
Muitos depositam esperanças na limpeza geral e completa do sistema que profanou a república, destronou valores, rompeu com a moral e fez emergir abaixo do pré sal a ética. Esse prejuízo que chega a um trilhão afetará todos os negócios e a cadeia de contratos, pequenos, médios e grandes fornecedores. As empresas que estão atreladas e não tiverem estrutura ou pedirão recuperação judicial ou ficarão sujeitas ao estado falimentar.
Eis o que a expectativa está a mostrar para o ano de 2015: um grande e profundo abismo causado por um esquema contrário aos bons costumes, montado na ilicitudade e de favorecimento de pequenos grupos irradiados aos donos do poder. E a grande dúvida que fica: todo o sistema entre corruptores e corruptos será abatido a partir da lava jato?
Não temos dúvida que a corrupção jamais será enterrada na terra brasiis, enquanto a impunidade permanecer, a sociedade não puser pressão e a justiça não julgar em tempo real. Metade do produto interno bruto foi jogada no ralo. País rico é aquele sem corrupção ou com índice minúsculo, a exemplo da Noruega, Dinamarca ou Suécia.
A Transparência Internacional classificou o Brasil em 69 lugar dentre 91 países, ou seja, estamos quase no topo da corrupção e essa chaga que atemoriza ainda se constitui uma super bactéria incapaz de encontrar um medicamento que flagele esse pesadelo em pleno século XXI.
Estamos com a casa em desordem, a bagunça geral na economia, escândalos e mais escândalos, um trilhão jogado no lixo e, se a sociedade civil se acomodar, o Brasil não vai parar e sim andar de marcha ré.
Pobre Nação aonde triunfa a corrupção!
Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.
A ideia da reforma super faturada do presídio é luminosa sugestão do empreendedorismo nacional.
ResponderExcluirVale um reconfortante sorriso, diante de tanta agrura.- Parabéns.