"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

LISTA DE YOUSSEF REVELA CONTRATOS QUE CHEGAM A R$ 12 BILHÕES




A planilha com referência a 747 obras, apreendida pela Polícia Federal no escritório do doleiro Alberto Youssef em 17 de março deste ano, citada em despacho do juiz Sérgio Moro para sugerir que o esquema de corrupção transcendia a Petrobras, revela atuação da organização criminosa em vários empreendimentos Brasil afora e até no exterior. O volume de potenciais contratos soma mais de R$ 12 bilhões.
O documento foi produzido pelo empresário Márcio Bonilho, principal sócio da Sanko Sider, empresa acusada pelo Ministério Público de permitir a lavagem de dinheiro de recursos oriundos de desvios na estatal por meio da Camargo Corrêa e de empresas de fachada de Youssef.

A lista, obtida pelo Correio, indica que a quadrilha lançou seus tentáculos em obras de estatais gigantes a exemplo da Empresa Brasileira Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), além de empreendimento da iniciativa privada.

ATÉ PREFEITURAS

Há também indicações de negociação nas prefeituras do Rio de Janeiro e de Barueri, Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e Companhia de Gás do Ceará.
“Na tabela, (estão relacionadas) a obra pública, a entidade pública contratante, a proposta, o valor e o cliente do referido operador, sendo este sempre uma empreiteira, ali também indicado o nome da pessoa de contato na empreiteira”, destacou o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos relativos à Operação Lava-Jato, na decisão que negou a soltura de Erton Fonseca, da Galvão Engenharia.

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