https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=WZUT8cHLgp0
O texto que segue o vídeo acima são de autoria de Fábio Pegrucci, 48 anos de idade, um microempresário paulistano que segue este blog pelo Twitter. Trata-se de um relato do que ele viu na av. Paulista neste sábado e que está postado na sua página do Facebook.
Fábio me autorizou a postar aqui no blog. Leiam que vale a pena:
O que eu vi hoje, 15 de Novembro de 2014, na Avenida Paulista:
vi que, no momento de maior concentração, as duas pistas da Avenida Paulista, do MASP até o prédio da Gazeta estavam totalmente tomadas;
vi e acompanhei grande parte dessa multidão descendo a Av. Brigadeiro Luís Antônio, sentido Centro, crescendo ao longo do percurso e tomando pelo menos quatro quadras;
vi inúmeros idosos (inclusive cadeirantes e gente usando bengala), muitos casais (inclusive gays), famílias com crianças, carrinhos de bebê;
vi o comércio todo ABERTO, sem nenhum receio (lojas, farmácias, bancas de jornal, bares e restaurantes), como fosse um sábado qualquer;
vi policiais em grande número acompanhando todo percurso (PMs a pé, motos da Rocam, viaturas da Força Tática), numa tranquilidade inenarrável: os PMs caminhavam sorrindo e conversando entre eles;
vi vários cartazes pedindo IMPRENSA LIVRE, muitos fazendo referência ao Foro de São Paulo, uma faixa enorme com os dizeres "Menos Estado, Mais Cidadania" e inúmeros mencionando a corrupção no governo e a possível fraude nas eleições.
O clima no evento era de PASSEIO. Não havia tensão alguma. Todo mundo RIA. As pessoas dos prédios aplaudiam.
Dos coros, o mais popular e repetido foi "Lula, cachaceiro, devolve o meu dinheiro".
Uma pessoa (só UMA) desfraldou uma bandeirinha vermelha do PT de uma janela: foi obviamente vaiada, ridicularizada e ouviu um corinho em sua homenagem (foi o momento mais hilário da tarde).
Não vi NENHUM cartaz ou faixa pedindo intervenção militar ou algo do gênero: dizem que havia, eu não vi.
Também não vi ou ouvi NENHUMA manifestação em FAVOR de políticos, nem mesmo ao senador Aécio Neves. Só vi dois políticos presentes ao ato: o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC) e o senador por São Paulo, Aloysio Nunes (PSDB), aliás, uma grata surpresa.
Não vi nenhuma bandeira, faixa ou camiseta na cor vermelha; mas vi um MAR de verde, amarelo e azul.
Não presenciei nenhuma briga ou mero desentendimento que fosse. Nada foi quebrado, pichado, vandalizado; NADA.
Quando voltei à Paulista, pouco mais de uma hora depois, após ter descido parte da Brigadeiro, nada indicava que uma multidão passara por ali: estava tudo de volta à normalidade, o trânsito fluindo, as calçadas limpas.
Eu vi a manifestação LIMPA e ORDEIRA, de pelo menos 50 mil pessoas, entre as quais, muitas, certamente a maioria, que recém acordaram para real situação política do país e que parecem DETERMINADAS a não se calarem.
Poderia ter sido melhor, mais organizado? Óbvio que sim. Mas, em se tratando de uma manifestação sem apoio de nenhum partido político e de nenhuma instituição, que sequer tinha uma liderança definida, o que presenciei foi extraordinário.
Agora, você, que não teve a oportunidade de estar lá, por favor, compare esta narrativa com as matérias publicadas nos principais portais de internet.
Você é inteligente.
Saberá tirar suas conclusões.
Saberá tirar suas conclusões.
(E, se julgarem que este relato é honesto, por favor, compartilhem)
16 de novembro de 2014
in aluizio amorim
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