Embora a capa da revista Veja que vai às bancas mais cedo - Edição Especial - do que de costume em função da eleição deste domingo destaque a briga sobre quem vai combater a Dilma no segundo turno, no alto há três chamadas sendo que a do meio é a verdadeira reportagem-bomba da revista: "Doleiro promete entregar material que vai chocar o país".
É bem possível que o petardo seja detonado no segundo turno quando, até lá o famigerado doleiro Alberto Yousseff deverá abrir o bico em mais uma delação premiada. O fato do petista Paulo Roberto Costa já estar em casa, ainda que com um tornozeleira que ajuda a polícia a seguir seus passos, aguiça o desejo irrefreável de Yousseff de respirar a possibilidade de livrar-se da prisão pepétua, haja vista que sua pena não será pequena.
O último recurso para esse "banqueiro" da economia subterrânea que operava as bilionárias mutretas do PT, é revelar tudo. E, ao que parece, esse misterioso personagem já conhecido da polícia está disposto a abrir o bico, ou melhor, abrir um cofre secreto com documentos sobre toda a operação que há anos vem sangrando os cofres públicos ao longo dos governos do PT.
Mas ao que parece, essas revelações que serão feitas pelo criminoso devem vir a público no decorrer da campanha do segundo turno.
A julgar pelo que a edição de Veja desta semana traz no miolo da publicação a coisa é, no mínimo, bombástica, capaz de fazer ruir o sistema de poder do Foro de São Paulo comandado por Luiz Inácio da Silva, vulgo Lula, com assessoria do G2 cubano, o serviço de inteligência de Fidel Castro.
Mas esta é outra história que no rastro da corrupção mais assombrosa da história da República também pode vir à tona. Leiam o aperitivo da reportagem-bomba de Veja:
Durante muito tempo, o doleiro Alberto Youssef e o engenheiro Paulo Roberto Costa formaram uma dupla de sucesso nos subterrâneos do governo. Enquanto Paulo Roberto usava suas poderosas ligações com os altos escalões do poder e o cargo na diretoria de Abastecimento da Petrobras para desviar milhões dos cofres da estatal, Youssef encarregava-se de gerenciar a bilionária máquina de arrecadação que era usada para abastecer uma trinca de partidos e corromper políticos importantes.
Paulo Roberto era o articulador, o cérebro da organização. Youssef, o caixa, o banco. Um apontava os caminhos para assaltar a estatal.
O outro era o encarregado dos malabarismos contábeis para fazer o dinheiro chegar aos destinatários da maneira mais segura possível, sem deixar rastros.
Em março deste ano, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Lava-Jato, que tinha o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, a dupla caiu na rede. O que ninguém imaginava — nem mesmo os policiais — é que, a partir das informações dadas pelos dois criminosos, uma monumental engrenagem de corrupção, talvez a maior de todos os tempos, começaria a ruir.
VEJA revelou que Paulo Roberto Costa, o primeiro a assinar o acordo de delação com a Justiça, entregou às autoridades o nome de mais de trinta políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, entre eles três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais, além de Antonio Palocci, o coordenador da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, que pediu 2 milhões de reais ao esquema. O ex-diretor forneceu o nome dos corruptos que se locupletavam do dinheiro desviado e das empreiteiras que contribuíam com a arrecadação da propina — um golpe já considerado letal na estrutura da organização criminosa.
Se as revelações do ex-diretor — muitas ainda desconhecidas — já provocaram um cataclismo, o que está por vir promete um efeito ainda mais devastador. Alberto Youssef, o caixa, decidiu seguir o parceiro e contar o que sabe. E, nas palavras do próprio doleiro, o que ele sabe “vai chocar o país”.
Além de confirmar que o dinheiro desviado da Petrobras era usado para sustentar três dos principais partidos da base aliada — PT, PMDB e PP —, Youssef se colocou à disposição para fechar o elo da cadeia de corrupção, fornecendo as contas no exterior, as datas de remessa e os valores repassados a políticos e autoridades que ele tinha como clientes. Youssef disse às autoridades que, durante o tempo em que operou o banco da quadrilha, por quase uma década, tomou o cuidado de esconder em um local seguro documentos que mostram a origem e o destino das cifras bilionárias que movimentou.
É o que ele garante ser a verdadeira contabilidade do crime — um inventário que está escondido em um cofre ainda longe do alcance das autoridades brasileiras. O acervo é tão completo que incluiria até os bilhetes das viagens que demonstrariam o que os investigadores já apelidaram de “money delivery”, o dinheiro entregue em domicílio.
03 de outubro de 2014
in aluizio amorim
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